Indígenas ganham destaque na COP29: Financiamento climático e direitos territoriais em foco na luta por sustentabilidade global
Indígenas na COP29: Financiamento Climático e Defesa Territorial Impulsionam a Agenda para a COP30 em Belém.
- Data: 11/11/2024 23:11
- Alterado: 11/11/2024 23:11
- Autor: redação
- Fonte: Assessoria
Crédito:Alexander NEMENOV / AFP
A 29ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, a COP29, em Baku, Azerbaijão, destaca a importância do financiamento climático, atraindo uma delegação de indígenas brasileiros. Este grupo busca protagonismo nas discussões ambientais, evidenciando que não há futuro sustentável sem sua participação ativa. Avanilson Karajá, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), enfatiza a urgência de interromper o uso de combustíveis fósseis, mesmo em países petroleiros como Azerbaijão e Emirados Árabes Unidos, locais das COPs recentes.
A Coiab participa do G9, coalizão de organizações indígenas da Amazônia, pressionando por direitos territoriais nas políticas climáticas. A proposta de co-presidência indígena na COP30 em Belém reflete essa luta contínua. A demarcação de terras emerge como essencial para proteger biomas brasileiros.
Incidentes na COP16 de biodiversidade ressaltam desafios enfrentados pelos indígenas. A ativista Txai Surui foi impedida de protestar contra o marco temporal. O episódio destacou a necessidade de protocolos de segurança mais inclusivos em eventos futuros como a COP30.
A juventude indígena, representada por Samuel Arara na COP29, clama por um espaço maior nas decisões climáticas, vital para seu futuro. Ele destaca que a crise climática afeta diretamente suas comunidades e que suas vozes não devem ser silenciadas por interesses econômicos.
A ministra Sônia Guajajara sublinha a importância do financiamento ambiental global e as dificuldades enfrentadas nos compromissos dos países desenvolvidos. A troica entre Emirados Árabes, Azerbaijão e Brasil visa fortalecer essas discussões.
Concluindo, a COP29 representa um marco na defesa dos direitos indígenas nas negociações climáticas globais. A participação efetiva desses povos é crucial para um futuro sustentável e justo para todos. O Brasil almeja avançar nessa pauta até a COP30 em Belém.