Indígenas do Grande ABC contam histórias e retomam território com projetos culturais

Com o apoio do Coletivo Nhande vae'eté ABC, indígenas em contexto urbano das 7 cidades se uniram para lançar seus projetos

  • Data: 19/04/2024 14:04
  • Alterado: 19/04/2024 14:04
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Indígenas do Grande ABC contam histórias e retomam território com projetos culturais

Crédito:Divulgação/Coletivo Nhande vae'eté ABC

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Para comemorar e relembrar a importância da luta dos povos originários neste dia 19 de abril, indígenas fazem movimento de retomada do território no Grande ABC e contam com incentivo cultural para narrar suas histórias e registrar tradições das etnias da região.

Entre os projetos apoiados pelo Coletivo Nhande vae’eté ABC, estão: roteiro ‘Os trilhos de ferro nas terras de Ca’aguassu’, que conta a história do Povo Guayaná-Muiramomi e o esbulho de suas terras pela São Paulo Railway, o livro infantil ‘O sonho de Werá Mirim’, a websérie ‘Rios Indígenas de Santo André’, registro de 10 rios e córregos com nomes indígenas da cidade, e o documentário ‘YY Marangatu – Águas Sagradas’, que traz o verdadeiro significado e curiosidades do rio Cemitério, também em Santo André, renomeado como rio Ambyra num resgate das raízes indígenas e seu patrimônio imaterial.

Outras duas conquistas importantes para os povos originários são o projeto do Centro de Saberes e Culturas indígenas, em Mauá, e o Centro de Saúde Indígena, em Santo André. “É um orgulho enorme estimular que nossos parentes, que já habitam a região desde antes da colonização, possam contar as próprias histórias e reaver tradições, resgatar a ancestralidade que sempre esteve presente no sangue e no coração”, comenta Silvia Guaiana-Muiramomi, socióloga e ativista.

Indígenas do Grande ABC
Divulgação Coletivo Nhande vae’eté ABC

Para Sandro Nicodemo, fluviativista no projeto ‘Nome aos Rios’ e tecnólogo ambiental, essa parceria para falar da bacia hidrográfica de Santo André tem um propósito muito maior. “Chamar atenção para esses rios e córregos da cidade tem o objetivo de devolver a consciência dos munícipes com o cuidado dessa natureza que nos cerca. Cuidar das águas é cuidar do meio ambiente e do futuro da região”, comenta o especialista.

Silvia Muiramomi
Silvia Muiramomi, liderança do povo Guayaná-Muiramomi, socióloga, ativista e cofundadora do Movimento Multiétnico Nhande vae’eté ABC e conselheira eleita do COMPIR (Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial) de Santo André.

Sandro Nicodemo
Sandro Nicodemo é fluviativista, através do projeto “Nome aos Rios”, onde identifica rios da região através do graffiti. Tecnólogo ambiental, especialista em Linguagens da Arte e Gestão Empresarial Estratégica. Atua há 22 anos em ONGs socioambientais, estando atualmente como presidente do Coletivo NASA – Núcleo de Ações Socioculturais Ativista. É coidealizador e integrante dos coletivos: “A Voz dos Rios” e “Rios de Santo André”. Diretor da Puzzle Arte & Meio Ambiente, com atuação em produções audiovisuais. Também desempenha a função de Analista de Inovação no PimpLab, área da ONG Movimento de Pimpadores, mais conhecida como Pimp my Carroça, organização que completará 12 anos em 2024 e atua no fortalecimento e dignidade dos catadores e catadoras de materiais recicláveis.

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  • Data: 19/04/2024 02:04
  • Alterado:19/04/2024 14:04
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