Inadimplência em São Paulo cresce 5,24% em fevereiro de 2024
O estado registrou aumento de 10,25% nas dívidas em atraso em fevereiro de 2024, comparado ao mesmo período de 2023.
- Data: 20/03/2024 14:03
- Alterado: 20/03/2024 15:03
- Autor: Redação
- Fonte: FCDLESP
Crédito:Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Um levantamento feito pelo SPC Brasil em parceria com a FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do estado de São Paulo) indicou que a inadimplência no mês de fevereiro para a região avançou 5,24% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
O dado ficou acima da média da região Sudeste (3,50%) e acima da média nacional, indicando 2,79%. Já entre o período de janeiro a fevereiro, o número de devedores de São Paulo caiu 1,84%. Na região Sudeste, a variação foi de 0,96%.
O crescimento da inadimplência em São Paulo reflete a situação econômica do país. A dívida pública do país fechou o ano de 2023 em R$6,52 trilhões, demonstrando um avanço de 9,56% em comparação com o ano anterior, que marcou R$5,95 trilhões. Esses valores, por consequência, impactam diretamente o brasileiro”, comenta Maurício Stainoff, presidente da FCDLESP.
Segundo a pesquisa, em fevereiro de 2024, a média das dívidas de cada consumidor negativado em São Paulo era de R$5.330,44. Dos consumidores do estado, 24,85% tinham dívidas de até R$500, enquanto 37,59% tinham dívidas de até R$1.000. O tempo médio de atraso para os devedores é de 26 meses (2 anos e 2 meses), com 40,63% deles ficando inadimplentes por um período de 1 a 3 anos.
Reincidência de inadimplentes
O Indicador de Reincidência de Pessoas Físicas do SPC Brasil, em parceria com a FCDLESP, mede a quantidade de consumidores que apareceram nos cadastros de inadimplentes no mês de fevereiro e que já tinham aparecido nos cadastros de inadimplentes nos últimos 12 meses. Se, nesse intervalo, o consumidor foi negativado apenas uma vez, não é considerado reincidente.
Em fevereiro deste ano, a maioria das negativações em São Paulo (86,25%) era de pessoas que já tinham sido incluídas no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses. Isso inclui dois casos: aqueles que continuaram com dívidas não pagas e foram negativados novamente, e aqueles que, mesmo tendo quitado as dívidas anteriores, voltaram a ser incluídos na lista de inadimplentes.
Do total de negativações, 62,58% eram de consumidores que ainda não haviam quitado suas dívidas antigas até fevereiro. Além disso, 23,68% das negativações foram de consumidores que haviam saído do cadastro de devedores nos últimos 12 meses, mas retornaram em fevereiro.
Por fim, 13,75% das negativações não foram de consumidores reincidentes nos últimos 12 meses, o que significa que uma pequena parcela dos devedores não havia enfrentado restrições no CPF ao longo desse período.
Dívidas ao longo do tempo
O volume de dívidas em atraso dos residentes de São Paulo aumentou 10,25% em comparação com fevereiro de 2023. Esse aumento superou a média da região Sudeste (7,40%) e a média nacional (6,32%). Em relação ao mês anterior, houve uma queda de 1,48% no número de dívidas em São Paulo, enquanto na região Sudeste essa variação foi de 0,67%.
Inadimplência por gênero e idade
Em fevereiro, a maior parte dos devedores em São Paulo tinham entre 30 e 39 anos, representando 25,64% do total. Quanto ao sexo, tanto homens quanto mulheres contribuíram de forma equilibrada, com 50,24% sendo mulheres e 49,76% homens
Em todo o estado, cada consumidor inadimplente em São Paulo tinha em média 2,146 dívidas em atraso. O número ficou acima da média da região Sudeste (2,140 dívidas por pessoa inadimplente) e acima da média nacional registrada no mês (2,105 dívidas para cada pessoa inadimplente). “Com o período pós-festivo, como o carnaval, muitos consumidores enfrentam um cenário de maior pressão financeira, contribuindo para o aumento da inadimplência”, explica Stainoff.