Importância da pauta de desigualdade social nas eleições de São Paulo

As dez cidades mais desenvolvidas no IDSC-Br estão no estado de São Paulo, assim como 76 das 100 primeiras colocadas, o que não garante que o estado tenha superado todos os desafios pela implementação de uma agenda de desenvolvimento sustentável.

Violência e desigualdade social ainda são indicadores negativos para o estado mais rico do país. No caso do Coeficiente de Gini, indicador de desigualdade de renda por município, a capital paulista apresenta o valor de 0,62, quando a meta é de 0,3. A desigualdade de renda é pior em São Paulo, melhor capital do país, do que em Macapá, pior capital pela classificação geral.

O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades traz um grave alerta: nenhuma cidade brasileira alcançou o nível muito alto de desenvolvimento. Dos 5570 municípios, 752 estão no nível muito baixo, o que dá a medida do enorme desafio que ainda temos pela frente. São Paulo tem apenas 5 municípios abaixo da média nacional, sendo a pior classificada a pequena Pirapora (nota: 45,61).Mesmo São Caetano do Sul, a melhor cidade do Brasil pela classificação do IDSC-Br, com pontuação geral de 65,17, como cidade da Região Metropolitana, ainda sofre muito com violência urbana. O número de mortes por homicídio de jovens passa dos 3,5 para cada 100 mil habitantes, sendo que a meta é 0,5. Da mesma forma, a taxa geral de homicídio está em 3,72/100 mil habitantes, sendo a meta 1,5.

Chama também atenção a oposição entre os indicadores de desenvolvimento sustentável das regiões Sudeste e Norte. As cidades de São Paulo e do Pará são, respectivamente, os estados com os melhores e piores indicadores no país. Enquanto as 10 melhores são paulistas, a Amazônia Legal, por sua vez, reúne 48, dos 50 piores municípios classificados. Conheça a íntegra do IDSC e a classificação de todas as cidades brasileiras no portal do ICS.