IJC destaca a desigualdade salarial na Inclusão Profissional de pessoas com deficiência

Estudo da ONU revela desigualdade salarial de até 26% para trabalhadores com deficiência; apenas 54% das vagas exigidas por lei são ocupadas por pessoas com deficiência

  • Data: 11/10/2024 12:10
  • Alterado: 11/10/2024 12:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: IJC
IJC destaca a desigualdade salarial na Inclusão Profissional de pessoas com deficiência

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Um estudo recente da Organização das Nações Unidas (ONU) revelou dados preocupantes sobre a desigualdade salarial enfrentada por pessoas com deficiência, que ganham em média 12% a menos comparado com seus colegas sem deficiência. Em países de renda baixa e média-baixa, essa diferença salarial pode chegar a 26%, como no Brasil, por exemplo.

A Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) informa que existem cerca de 545 mil pessoas com deficiência inseridas no mercado formal, mas essas pessoas ainda enfrentam desafios significativos, especialmente no que diz respeito à igualdade de gênero e raça. De acordo com o levantamento da SIT, a média salarial de uma mulher com deficiência é de R$ 1.411,77, em comparação a R$ 1.791,42 para mulheres sem deficiência. Para os homens, a média salarial é de R$ 1.637,50, enquanto homens sem deficiência ganham em média R$
1.904,49.

“Essa desigualdade salarial é um reflexo de uma realidade que ainda precisa ser transformada”, afirma Flávio Gonzalez, coordenador de Inclusão Social do Instituto Jô Clemente (IJC). “A inclusão profissional é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e com oportunidade para todas as pessoas. Cada pessoa tem habilidades e talentos que podem ser valiosos para as empresas, e é fundamental que as Organizações
reconheçam e integrem esses talentos”.

Nesse cenário, o Instituto Jô Clemente (IJC) oferece às pessoas com deficiência as ferramentas necessárias para se destacarem no mercado de trabalho. Com base na metodologia reconhecida internacionalmente, Emprego Apoiado, o IJC realiza o mapeamento de perfil profissional, auxilia na busca de um emprego que combine com a vocação da pessoa com deficiência e faz o acompanhamento pós-contratação por 12 meses, promovendo o desenvolvimento de habilidades que possibilitem avanços em suas carreiras.

“Ao longo desses 11 anos já incluímos mais de 5 mil pessoas com deficiência, por meio da metodologia do Emprego Apoiado, que usa a lógica de ‘incluir para qualificar’, em vez de ‘qualificar para incluir’. Isso permite criar mais oportunidades às pessoas com Deficiência Intelectual e Autismo”, explica Flávio Gonzalez, coordenador de Inclusão Social no Instituto Jô Clemente (IJC).
 

No ano passado, em 2023, foram realizadas 531 inclusões, com uma taxa de retenção nas empresas de 92%. Além disso, por meio de parceria com as empresas, o IJC destaca a importância da diversidade e da inclusão nas equipes. “Trabalhar com as empresas é fundamental para criar um ambiente que não apenas contrate, mas que também inclua e valorize as contribuições de todos os colaboradores”, afirma Flavio.

A luta contra a disparidade salarial e pela inclusão das pessoas com deficiência é uma jornada que demanda o empenho de toda a sociedade. Promover a diversidade enriquece os ambientes de trabalho, criando uma cultura mais inovadora e colaborativa. “Acreditamos que as políticas de salário-mínimo podem desempenhar um papel essencial na redução da disparidade salarial, garantindo que todos os trabalhadores tenham acesso a remunerações justas”, complementa Flavio.

Sobre o Instituto Jô Clemente (IJC)

O Instituto Jô Clemente (IJC) é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há mais de 63 anos promove saúde e qualidade de vida às pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras, além de apoiar a sua Inclusão Social e a Defesa de Direitos, disseminando conhecimento por meio de pesquisas científicas. Com o pioneirismo e a inovação como premissas, propicia o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias sobre os direitos das pessoas com Deficiência Intelectual.

Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal, o Laboratório do Instituto Jô Clemente (IJC) é o maior do Brasil em número de exames realizados e oferece, atualmente, 100% do Teste do Pezinho Ampliado na rede pública do município de São Paulo, contemplando o diagnóstico precoce de cerca de 50 doenças, incluindo dezenas de condições raras e quase 70% dos exames do Teste do Pezinho no Estado de São Paulo, contemplando 7 doenças (toxoplasmose, a sétima doença, em implantação). É também um centro de referência no tratamento de fenilcetonúria, deficiência de biotinidase e hipotireoidismo congênito, doenças detectadas no Teste do Pezinho que podem evoluir para a Deficiência Intelectual se não tratadas corretamente. 

Além disso, o IJC produz e difunde conhecimento sobre Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras. Um dos nossos focos é apoiar e desenvolver projetos de pesquisa aplicada, tecnológica e de inovação, em parceria com órgãos públicos ou privados e instituições de ensino e pesquisa, com o objetivo de gerar conhecimento para estudos, informações para as pessoas, produtos, serviços e novos modelos de negócio para a Organização.

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  • Data: 11/10/2024 12:10
  • Alterado:11/10/2024 12:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: IJC









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