Hyundai – uma por todos e todos por uma

A Hyundai assume toda a operação de produção, importação e vendas da marca no Brasil

  • Data: 12/03/2024 12:03
  • Alterado: 12/03/2024 12:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Daniel Dias/AutoMotrix
Hyundai – uma por todos e todos por uma

Hyundai Ioniq 5

Crédito:Divulgação

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A operação da Hyundai no Brasil passa a ser gerida pela própria gigante sul-coreana. A partir de agora, a Hyundai Motor Brasil (HMB) comandará todos os seus negócios no país, desde a produção, a importação e as vendas, restando à brasileira Caoa um percentual na comercialização de veículos e a divisão da fábrica de Anápolis (GO), onde também são feitos carros da marca sino-brasileira Caoa Chery. A Hyundai desembarcou no Brasil em 1999, pelas mãos do empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade (Caoa) – morto em 2021, aos 77 anos. A chegada da Hyundai ao país causou uma quase revolução no mercado automotivo brasileiro, mas também deu início a um longo litígio entre ela e sua representante oficial do Brasil. A ponto que o primeiro automóvel produzido pela Hyundai no país – o HB20, fabricado desde 2012 na cidade paulista de Piracicaba – não ter sido autorizado a figurar nos “shows room” das concessionárias da Caoa. O hatch compacto – um dos mais vendidos no Brasil – sempre foi comercializado exclusivamente pela Hyundai.

Na semana passada, o gaúcho Airton Cousseau, o novo presidente e CEO da Hyundai Motor Américas Central e do Sul, detalhou o novo negócio da marca sul-coreana no Brasil, os planos de investimentos no modelo movido à célula de hidrogênio obtido por meio do etanol e revelou quais serão os próximos veículos a serem importados da Coreia do Sul para o mercado brasileiro. Cousseau está de retorno à Hyundai, pois fez parte do pequeno grupo de pessoas que lançou a marca no Brasil. No começo deste ano, o presidente da nova HMB selou oficialmente a nova parceria na residência de Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, herdeiro e presidente do Grupo Caoa, em São Paulo, no mesmo local em que seu pai costumava concluir seus acordos comerciais. “No início, não tínhamos fábrica, concessionária, carro e gente. Tinha quatro ou cinco pessoas em um escritório pequenininho, mas vimos que aquilo parecia bom. O Dr. Carlos Alberto foi fundamental, e quero lembrar aqui mais uma vez de uma faceta de sua personalidade e que muito tem a ver com a nova Hyundai. Ele não gostava de comemorar seu aniversário, pois considerava como uma coisa do passado, preferindo enxergar sempre para frente. Então, estamos aqui para celebrar e projetar os próximos 25 anos da Hyundai no Brasil”, afirmou Cousseau.

Airton Cousseau e Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho (Divulgação)

Em 2021, a Caoa ganhou uma disputa na Justiça para renovar o contrato com a Hyundai, e com a nova decisão, poderia produzir e importar veículos da marca sul-coreana por mais dez anos. No entanto, recentemente, houve uma nova reviravolta e a Hyundai assumiu o controle de sua operação no Brasil por completo, inclusive unificando as concessionárias. Todas as lojas do país passam a ser da própria Hyundai e o Grupo Caoa seguirá como concessionária, com 46 das 250 revendas da marca. Antes, apenas a Caoa podia importar os veículos da Hyundai para o Brasil, restando à fabricante da Coreia do Sul vender no mercado brasileiro o hatch HB20, o sedã HB20S e o utilitário esportivo Creta, feitos em Piracicaba. Isso também mudou e a própria Hyundai determinará quais os modelos que serão trazidos para o Brasil.

Fábrica de Anápolis (GO) (Divulgação)

Para Cousseau, o novo negócio da Hyundai no Brasil permitirá que a empresa dê finalmente o “start” para a eletrificação de seu portfólio produzido no país e implementar outras soluções de mobilidade inteligente. No mês passado, o sul-coreano Euisun Chung, CEO da Hyundai, esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e anunciou um investimento de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) no Brasil até 2032, incluindo a pesquisa do chamado “hidrogênio verde”. Já a fábrica de Anápolis é um dos pilares da nova HMB, pois a unidade de Piracicaba está atualmente com sua capacidade no limite e sem possibilidade de expansão. Anápolis permanecerá com a produção do Tucson, que terá sua nova geração lançada em seguida, do mini caminhão HR e terá novos modelos e fabricação de peças. A unidade de Goiás passou a ter este ano o segundo turno de produção e já planeja abrir o terceiro, com o número de empregados crescendo de 3.200 para mais de 4 mil.

Os novos Hyundai que vêm aí

Novo Santa Fé

Novo Hyundai Santa Fé (Divulgação)

Do SUV lançado em 2000, a nova geração do Santa Fé só tem o nome. O novo Santa Fé, o primeiro carro da nova leva de importados da Hyundai, desembarcará no Brasil na frente dos outros três. Terá versões híbridas com um motor a combustão 2.5 principal, com um total de 230 cavalos, e outra plug-in com um 1,6, com 265 cavalos.

Kona

O belo SUV com estilo cupê e design futurista virá ao Brasil em uma versão híbrida e outra 100% elétrica. O Kona híbrido combina motor 1.6 GDI a gasolina a um elétrico, com 141 cavalos de potência combinada e 27 kgfm de torque total, com câmbio automatizado de dupla embreagem de 6 marchas. Já o elétrico tem 136 cavalos e 40,3 kgfm de torque máximo, alimentado por baterias com capacidade de 39,2 kWh e autonomia de 252 quilômetros segundo o Inmetro.

Palisade

Hyundai Palisade (Divulgação)

Primeiro SUV do mercado brasileiro para até oito pessoas, o Palisade é um dos maiores crossovers do mundo, com 4,98 metros de comprimento, 1,97 metro de largura, 1,75 metro de altura e 2,90 metros de entre-eixos. Ele sucede o Vera Cruz no portfólio da Hyundai e se caracteriza por uma enorme grade frontal, cheia de detalhes aerodinâmicos. O Palisade é equipado com um 3.8 V6 de 291 cavalos de potência e 26,2 kgfm de torque, acoplado à transmissão automática de 8 marchas e â tração integral.

Ioniq 5

Hyundai Ioniq 5 (Divulgação)

Produzido desde 2021, o crossover compacto 100% elétrico Ioniq 5 é o primeiro da submarca Ioniq, da Hyundai. A HMB promete que o elétrico desembarcará no Brasil antes do final deste ano. O Ioniq 5 utiliza a nova plataforma E-GMP, sistema elétrico de 800 volts e função de carregamento externo. A versão que virá para o mercado brasileiro é a topo de linha, com 305 cavalos de potência, 61,7 kgfm de torque e autonomia de 500 quilômetros pelo ciclo europeu WLTP.

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  • Data: 12/03/2024 12:03
  • Alterado:12/03/2024 12:03
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