Humanos poderão viver na Lua ainda nesta década, diz diretor de programa da Nasa
Howard Hu disse que a Missão Artemis prevê que astronautas passem a viver por longos períodos na Lua a partir dos próximos anos
- Data: 21/11/2022 21:11
- Alterado: 21/11/2022 21:11
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Desde que o homem pisou na Lua, em 1969, a grande questão espacial passou a ser se o homem poderia viver fora da Terra. Agora, pouco mais de 50 anos depois, isso pode se tornar realidade. Em entrevista à BBC, Howard Hu, alto funcionário da Nasa e líder do programa aeroespacial Orion, disse que a Missão Artemis prevê que astronautas passem a viver por longos períodos na Lua a partir dos próximos anos.
Segundo Hu, o lançamento do foguete Artemis I, na última quarta-feira, 16, foi um “dia histórico para o voo espacial humano” porque representou um avanço em relação à criação de hábitats lunares – que a princípio servirão de base de apoio a missões científicas.
O foguete transportou a espaçonave Orion, que atualmente está a cerca de 134 mil quilômetros da Lua, junto a um “manequim” capaz de registrar os impactos da viagem no corpo humano. Se o voo for bem-sucedido e os registros mostrarem que a viagem é segura para o ser humano, o plano é ter humanos vivendo na Lua “nesta década”.
Na semana passada, o Estadão entrevistou uma cientista brasileira envolvida no projeto. “Quando você tem humanos a bordo é muito perigoso estar no espaço por muito tempo, então, um foguete possante (como o Artemis I) pode reduzir o tempo necessário para chegar, digamos, a Marte ou a qualquer outro lugar. Estou esperando, agora, principalmente, a Artemis III, que vai levar humanos de volta à Lua”, disse Rosaly Lopes.
O objetivo é que no terceiro foguete da Missão Artemis os astronautas pousem na Lua – o que não acontece desde a Apollo 17 em dezembro de 1972. À BBC, Hu disse que esse “é o primeiro passo que estamos dando para a exploração do espaço profundo a longo prazo, não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo”.