Haddad destaca valorização do real e medidas para combater preços elevados
O ministro da Fazenda reiterou a importância da queda do dólar e das políticas do governo Lula para reduzir a inflação, aumentar o salário mínimo e corrigir distorções fiscais
- Data: 07/02/2025 13:02
- Alterado: 07/02/2025 13:02
- Autor: Redação
- Fonte: Ministério da Fazenda
Em declarações feitas nesta sexta-feira, 7, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou que a valorização do real em relação ao dólar é um sinal positivo que poderá contribuir para a diminuição dos preços dos alimentos no médio prazo. Durante uma entrevista à rádio Cidade, de Caruaru (PE), Haddad respondeu a questionamentos sobre as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que orientou a população a evitar compras de itens com preços elevados.
O ministro destacou que Lula reativou a política de valorização do salário mínimo e implementou uma reforma tributária que busca isentar a cesta básica de impostos. Ele fez referência a eventos globais, como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos no final do ano passado, que provocaram uma apreciação do dólar em diversas partes do mundo. No entanto, Haddad enfatizou que atualmente o dólar está perdendo força.
“É importante observar o contexto atual. O dólar, que antes estava em ascensão, está agora apresentando uma queda significativa”, afirmou Haddad, mencionando também o Plano Safra e as expectativas de uma colheita recorde no Brasil neste ano.
Ao abordar os preços dos alimentos e a questão do salário mínimo, o ministro fez uma comparação entre a gestão atual e os mandatos dos ex-presidentes Jair Bolsonaro e Michel Temer. Segundo ele, embora o salário mínimo tenha sido ajustado durante esses governos, os aumentos não foram suficientes para superar os índices de inflação, resultando em um estancamento do crescimento real.
Haddad reforçou ainda as promessas de Lula em relação à ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para aqueles que recebem até R$ 5 mil mensais. “Desde o início do governo Lula, o salário mínimo teve um aumento significativo, passando de R$ 1.100 para R$ 1.508 em apenas dois anos. Embora seja um desafio reverter sete anos de má administração em tão pouco tempo, estamos estabelecendo uma nova política de valorização”, comentou o ministro.
Ele também destacou que o governo está trabalhando na correção de distorções fiscais que impactaram negativamente as contas públicas nos últimos anos. Haddad argumentou que as camadas mais ricas da população estavam sendo beneficiadas por isenções fiscais excessivas, um cenário que ele afirma estar mudando sob a administração atual.
“O governo anterior favoreceu empresários ricos com benefícios fiscais consideráveis. Estamos agora corrigindo essa situação, especialmente em relação aos fundos em paraísos fiscais que não pagavam impostos no Brasil”, observou Haddad. Ele afirmou que o presidente Lula tomou medidas para assegurar que milionários e bilionários contribuam com sua parte tributária.
Embora as novas propostas tenham sido anunciadas pelo governo, elas ainda não foram formalmente apresentadas. Haddad finalizou destacando que, ao longo de 2024, o governo planeja abordar as distorções do déficit público acumulado nos dois últimos mandatos presidenciais, que totalizaram cerca de R$ 2 trilhões. “Estamos comprometidos em corrigir esta questão e melhorar a saúde fiscal do país”, concluiu o ministro.