Grande ABC e a Era da Inovação: União para Retomar o Protagonismo Industrial

Artigo de Gustavo Donato, engenheiro, conselheiro de empresas, professor associado da Fundação Dom Cabral e ex-reitor da FEI (Fundação Educacional Inaciana).

  • Data: 05/07/2024 16:07
  • Alterado: 05/07/2024 16:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Grande ABC e a Era da Inovação: União para Retomar o Protagonismo Industrial

Mauro Miaguti, Gustavo Donato e Jorge Alberto Corso

Crédito:Divulgação

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Na reunião plenária “Negócios do Futuro – A Sintonia entre IA, Tecnologias Emergentes e Pessoas”, o Prof. Dr. Gustavo Donato destacou a necessidade de mobilização no Grande ABC para impulsionar a adoção de tecnologias. Segundo ele, a região não pode esperar por medidas nacionais para se desenvolver. É preciso união entre os setores importantes das cidades do Grande ABC para pensar em tecnologia e inovação, com a criação de distritos de inovação com visão regional, para que o Grande ABC volte a ter protagonismo industrial.

O Diretor Titular do CIESP SBC, Mauro Miaguti, lembrou que o assunto foi tratado em diversos encontros realizados antes mesmo do período de pandemia, com o intuito de planejar a cidade de São Bernardo do Campo para os próximos 10, 20, 30 anos, focando na construção de um distrito de inovação. “Nosso objetivo agora, enquanto CIESP, é reunir todos os players da região para que possamos, através de um grupo de trabalho, elaborar um documento propositivo e apresentar ao Poder Público sugestões que englobem o incentivo à inovação.”

Sobre a Indústria Nacional

Em sua fala, Gustavo Donato comentou sobre a incoerência do Brasil ser a 9ª economia mundial em PIB, mas estar na posição 49ª em inovação, 118ª em ambientes prósperos para negócios e 78ª na atuação conjunta de universidades, empresas e governos, de acordo com dados do Global Innovation Index. A dependência do país de setores como agronegócio e venda de minérios, além da exportação de commodities, dificulta o desenvolvimento, uma vez que não há investimento em tecnologia e inovação.

“A perda de complexidade econômica é preocupante, pois deixamos de gerar empregos de alta renda e reduzimos a atração de investimentos,” explicou.

Gustavo Donato ressaltou a relevância da visão de futuro e alertou que, até 2030, profissões e problemas ainda inexistentes surgirão. Portanto, a capacidade de adaptação às mudanças é primordial. O conceito de “lifelong learning” deve ser abraçado por todos, incentivando a aprendizagem contínua, desaprendizado e reaprendizado.

Sobre a utilização de tecnologias como Inteligência Artificial nas empresas, para que sejam efetivas e tragam os resultados esperados, Gustavo Donato argumenta que é necessário haver planejamento sobre a aplicabilidade de cada uma delas, pensando inclusive em segurança da informação e ética. Para ele, é preciso pensar estrategicamente para evitar prejuízos, focando em temas como gestão e governança. Ele finalizou enfatizando que “o campo do brilhantismo mudou. O mundo do futuro é de quem sabe fazer perguntas e não dar respostas.”

Gustavo Donato é engenheiro, conselheiro de empresas, professor associado da Fundação Dom Cabral e ex-reitor da FEI (Fundação Educacional Inaciana).

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  • Data: 05/07/2024 04:07
  • Alterado:05/07/2024 16:07
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