Grafiteiros completam pinturas em 37 pilares da Linha 5-Lilás
Maioria dos artistas reside na região do Capão Redondo, bairro da zona sul onde percorre o metrô
- Data: 21/06/2023 10:06
- Alterado: 21/06/2023 10:06
- Autor: Redação
- Fonte: ViaMobilidade
Arte no metrô
Crédito:Divulgação/Instituto CCR
Com mais cores e vida, 37 pilares da via elevada do trajeto da Linha 5-Lilás de metrô, operada pela ViaMobilidade, agora contam com painéis de grafites realizados majoritariamente por artistas que residem na região do Capão Redondo, na zona sul da Capital. O projeto ganhou o nome de “Street Art CCR” e também envolveu 50 crianças da rede pública de ensino, estimulando a expressão por meio da arte, incluindo workshops com artistas da cena.
As atividades são fruto da parceria entre a ViaMobilidade, o Instituto CCR e a Dionisio.Ag, que cuidou da curadoria e produção artística de todas as ações, sob o propósito de “Mobilidade Humana”. As pinturas levam mensagens e cores ao que antes existia apenas o cinza nos pilares entre as estações Capão Redondo e Giovanni Gronchi.
Ao todo, foram 34 artistas e 11 assistentes, além de outros auxiliares do Grupo CCR envolvidos nas atividades, resultando em aproximadamente 60 pessoas no projeto. A ação social também incluiu alunos de 13 a 15 anos da Escola Estadual Miguel Munhoz Filho, Jardim Germânia, oferecendo dinâmicas de pintura, exercícios de lettering – arte escrita -, e outras atividades de arte e expressão.
Moradora do Capão Redondo, Brandy Melissa Santana Ramos, 25 anos, conhecida como Branwl, comemora ao ter a sua arte na região onde cresceu e explica a inspiração para a sua mensagem em um dos pilares da Linha 5-Lilás.
“Ter uma arte gigante estampada no lugar onde sempre vivi, na minha comunidade, é extremamente importante. Tanto para mim, enquanto artista preta de favela, que tem outros artistas como inspiração, quanto para quem me vê como inspiração. A rua tem me ensinado que sempre são meios, atitudes e vivências em conjunto. A arte que pintei na pilastra também é sobre isso”, cita.
Aos 35 anos, Ricardo Machado de Moraes, o Sotaq, também tem a sua arte expressa em uma estrutura que transporta milhares de passageiros diariamente. “Pintar as pilastras do metrô foi uma das formas de ressignificar o espaço. Se tratando da Estação Giovanni Gronchi, ao lado da ponte João Dias, que separa duas realidades distintas e que se tornou simbólica dentro do movimento Hip Hop, é algo gratificante e refletiu nesse meu trabalho”, diz.
Segundo a equipe da Dionisio.Ag, essa ação representou um importante movimento a fim de ampliar a voz dos artistas locais, oferecendo uma oportunidade de envolver os jovens, com a mudança no trajeto do dia a dia para milhares de pessoas. Dessa forma, os pilares agora estampam mensagens, cores e arte, que buscam trazer força, sentido, alicerce para as nossas próprias travessias.