Governo monitora reuniões para se antecipar a possíveis protestos no Brasil
Bolsonaro afirmou que o governo tem monitorado reuniões para se antecipar a possíveis manifestações e ter as tropas “preparadas” para reprimir protestos semelhantes aos do Chile no Brasil
- Data: 25/10/2019 11:10
- Alterado: 25/10/2019 11:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
(Tóquio - Japão, 23/10/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro conversa com a Imprensa.rFoto: José Dias/PR
Crédito:José Dias/PR
Embora o direito ao protesto seja garantido pela Constituição, o presidente considera que os atos só são legais “quando você reivindica respeitando o direito do próximo”.
Bolsonaro também voltou a demonstrar preocupação com os protestos no Chile, que classificou como atos terroristas. “Praticamente todos os países da América do Sul tiveram problema. O do Chile foi gravíssimo. Gravíssimo. Aquilo não é manifestação nem reivindicação. São atos terroristas”, declarou durante conversa com jornalistas, em Pequim (China).
Bolsonaro reforçou que tem mantido conversas com o Ministério da Defesa para, além do monitoramento, ter as tropas “preparadas” para reprimir protestos semelhantes aos do Chile no Brasil. “Tenho conversado com a Defesa nesse sentido, a tropa tem que estar preparada porque, ao ser acionada por um dos três Poderes, de acordo com o artigo 142, estarmos em condição de fazer a manutenção de lei e da ordem.”
O presidente disse que recebeu vários informes sobre como os manifestantes se organizam, além de possíveis reuniões e atos preparatórios para atos contrários ao governo que ele considera “não legais”. “Porque as manifestações são legais, tudo bem, quando você reivindica respeitando o direito do próximo”, afirmou.
Vazamento também é ato terrorista
O presidente também classificou como ato terrorista o vazamento de petróleo na costa brasileira – caso fique comprovado que foi um ato intencional.