Governo firma novos acordos com Agência de Cooperação Internacional do Japão
Agronegócio, meio ambiente, segurança pública e defesa civil receberão apoio tecnológico e financeiro da agencia japonesa
- Data: 17/09/2019 13:09
- Alterado: 17/09/2019 13:09
- Autor: Redação
- Fonte: Governo do Estado de São Paulo
O Governador do Estado de São Paulo, João Doria, durante reunião com o Vice-Presidente da Japan International Cooperation Agency (JICA), Sr. Koshikawa Kazuhiko. Local: Tokyo. Data: 16/09/2019 Foto: Governo do Estado de São Paulo
Crédito:Governo do Estado de São Paulo
O Governador João Doria iniciou a intensa agenda da missão Japão na manhã desta terça-feira (17), em Tóquio, em reunião com o Vice-presidente da Agência de Cooperação Internacional do Japão, Koshikawa Kazuniko, para fechar novos acordos de cooperação nas áreas de agronegócio, meio ambiente, segurança pública e defesa civil. O convênio começa a ser desenvolvido já na próxima semana.
“Esse encontro teve resultado bastante positivo. O Japão tem muita experiência em técnicas de salvamento, face a terremotos e situações que enfrenta relacionadas ao clima, e receberá representantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros paulista para troca de experiências. Vamos aprender com quem entende muito sobre o tema. Em segurança pública, representantes da Polícia Militar terão acesso a tecnologia e equipamentos japoneses para aperfeiçoar o trabalho que já é feito em São Paulo”, disse Doria.
Prioridades para a agência japonesa, os projetos paulistas de meio ambiente e desenvolvimento sustentável também receberão atenção especial.
“A ideia é incrementar programas para despoluição dos rios Tietê e Pinheiros e de preservação da Mata Atlântica”, declarou o Governador.
“Já temos projetos de cooperação com o Governo de São Paulo, por meio da Sabesp, nas áreas de fornecimento de água e saneamento básico. Vamos aumentar essa cooperação para despoluição dos rios com novas tecnologias”, completou o Vice-presidente da agência japonesa.
Agronegócio e infraestrutura
Doria também discutiu projetos para incrementar os setores de agronegócio e infraestrutura com a Agência de Cooperação Internacional do Japão e a Sojitz Corporation, trading japonesa focada em agricultura, máquinas e projetos de infraestrutura, durante encontro com Satoshi Awaya, CEO da companhia.
“A Agência de Cooperação abriga centenas de empresas de pequeno e médio porte que representam 80% da economia do Japão. O país é um grande consumidor dos produtos brasileiros. São Paulo exporta grãos, proteína animal, suco de laranja, álcool, açúcar e etanol. A Sojitz, no Brasil, é sócia majoritária da Braskem. Esperamos apoio para o agronegócio e nossos projetos de infraestrutura”, afirmou Doria.
Mais cedo, no encontro com o Presidente do Japan Bank for Internacional Coooperation, Nobumitsu Hayashi, a delegação paulista apresentou o plano de desestatização do Governo de São Paulo. Atualmente, o Estado possui 21 grandes projetos de concessão e PPPs (parcerias público-privadas) em andamento, com potencial de investimentos da ordem de R$ 40 bilhões.
São Paulo e Japão
Desde 1973, o Governo de São Paulo já assinou 21 acordos de cooperações com o Japão em setores variados como segurança pública, meio ambiente, desenvolvimento econômico e educação, entre outros.
No Brasil, a comunidade japonesa conta com mais de 1,6 milhão de pessoas. Desse total, 1 milhão vive no estado de São Paulo. A cidade com o maior número de japoneses fora do Japão é a capital paulista, com mais de 350 mil. Já os cidadãos brasileiros no Japão são cerca de 180 mil, segundo dados tabulados em 2014.
A presença industrial e empresarial japonesa em São Paulo abrange os setores automotivo, eletroeletrônico, construção imobiliária, financeiro, transportes, produtos químicos, consultoria e outros. Yamaha Motor, Toyota, Sony, Nissan, Mitsubishi e Epson são algumas das empresas em destaque.
Polos de desenvolvimento econômico
O Governo do Estado promoveu a criação de 12 polos de desenvolvimento econômico neste ano. O objetivo dos polos é incentivar o aumento da produtividade da indústria com atração de investimentos e geração de emprego e renda, reunindo políticas para determinados setores produtivos em cada região geográfica de São Paulo.