Governo de SP acusa deputados de invasão a hospital em meio à pandemia
Segundo o Governo, os deputados estaduais Arthur do Val (Patriota) e Ricardo Mellão (Novo) e o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), invadiram o Hospital Geral de Guarulhos
- Data: 17/04/2021 16:04
- Alterado: 17/04/2021 16:04
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução Facebook
Os deputados estaduais Arthur do Val (Patriota) e Ricardo Mellão (Novo), além do deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), invadiram o Hospital Geral de Guarulhos, Grande São Paulo, na tarde de sexta-feira, 16, segundo o governo do Estado.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, eles tentaram acessar à força a área restrita de atendimento aos casos graves de Covid-19 promovendo aglomeração e risco à equipe e aos pacientes da ala.
Nesta sexta-feira, o Hospital Geral de Guarulhos estava com 60 pacientes internados com quadros graves da Covid-19, sendo 27 em enfermaria e 33 em UTI.
Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, publicou em seu perfil no Twitter um vídeo no qual afirma que o grupo fez “uma fiscalização com o máximo de respeito e que em nenhum momento usou de grosseria ou de violência”. Segundo do Val, a escolha pelo Hospital Geral de Guarulhos acontece por ser uma unidade a qual ele enviou emendas.“É claro que há o primeiro choque de uma fiscalização surpresa, quando a gente chega lá com câmera. O pessoal resiste no começo, isso é normal. Só que, em nenhum momento, nós usamos de grosseria ou violência. Em nenhum momento. A gente simplesmente pediu permissão para entrar, a gente disse que não podia esperar porque era uma fiscalização surpresa.”
Kim Kataguiri, também por meio do Twitter, disse ser “bizarro que, no meio de uma pandemia, a pasta dedique seu tempo para espalhar mentiras na internet”.
Em nota, a SES lamentou ocorrido e informou que a “conduta dos parlamentares destoa do que é esperado de autoridades públicas, que deveriam ser exemplo e zelar pela segurança da população, principalmente em tempos de crise sanitária global”.
Ainda segundo o texto, o episódio é “um ato de desrespeito não apenas com os profissionais da saúde que ali atuam, mas também com as vítimas da doença e seus familiares.”