Geração de empregos de qualidade foi debatida na Fiesp

Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou de encontro com industriais, ressaltou importância do diálogo entre as partes na construção de acordos coletivos

  • Data: 13/02/2023 17:02
  • Alterado: 13/02/2023 17:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Fiesp
Geração de empregos de qualidade foi debatida na Fiesp

Ministro do Trabalho e Emprego

Crédito:Ayrton Vignola

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A convite do presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou nesta segunda-feira (13/2) da reunião de diretoria com presidentes de sindicatos e conselheiros da entidade. No encontro, a geração de empregos foi um dos temas debatidos.

Em sua exposição inicial, Josué afirmou que nenhum segmento gera mais empregos de qualidade do que a indústria de transformação. “Os salários são, em média, 10% superiores aos de outros setores, com poder de capilaridade, e conseguem gerar maior crescimento”, disse ele.

Josué defende a reindustrialização como uma das formas de se gerar mais empregos qualificados e políticas públicas que revertam o que chamou de “ambiente inóspito” para o setor, por meio da redução de encargos e do custo do capital.

“Deveríamos facilitar a geração de empregos e tornar a legislação, sem desrespeitar direitos, a mais flexível possível, porque as relações de trabalho hoje são diferentes, o trabalho mudou. E, por outro lado, precisamos ter uma taxa de juros abaixo de 13,75% ao ano”, pontuou Josué, afirmando que até o mercado entende que a taxa Selic deveria já ter sido cortada.

Para o ministro Luiz Marinho, a geração de postos de trabalho e de oportunidades dependem do bom funcionamento da economia, que “faz os empregos aparecerem”. Mas, segundo ele, é essencial discutir a qualidade desse emprego. “Precisamos descobrir qual a legislação adequada para o nosso país. E deve ser aquela que possibilita que o trabalho seja valorizado”, disse.

Marinho descartou a revogação da reforma trabalhista. “Não cabe voltar ao que era, mas é preciso uma atualização”, afirmou o ministro, que se disse favorável à modernização e flexibilização do trabalho. Mostrou preocupação, porém, com eventual “uberização”, termo empregado por ele para classificar o que seria a precarização da atividade laboral. Ele se disse ainda contrário à modalidade de saque aniversário do Fundo de Garantia do Tempo do Serviço (FGTS). 

O ministro destacou que o diálogo é a chave para se construir uma reforma moderna. “As partes precisam sentar-se à mesa de forma respeitosa e harmônica, para construir a relação adequada do contrato coletivo de trabalho. Com mais negociação se diminui a judicialização dos debates”, afirmou. 

Para Marinho, o ideal seria que a juventude pudesse cursar o Ensino Médio em tempo integral e sair de lá com formação profissional. “Depois pode ir para a universidade ou tomar outro rumo, mas ele precisaria sair pronto para um mercado de trabalho”.

O presidente Josué disse ao ministro que isso já está ocorrendo por meio da indústria paulista. “O Senai-SP tem oferecido vagas gratuitas, no contraturno, para os alunos do Ensino Médio da escola pública do Estado de São Paulo que desejarem fazer o quinto itinerário formativo. O Brasil pode alcançar os mesmos índices de formação profissional e tecnológica dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), que têm as melhores taxas de desemprego entre jovens”, projetou.

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