GCM de São Caetano treina e entrega cão-guia a deficiente visual

Quatro anos na fila para conseguir o cão-guia. O músico Luiz Henrique Kichel, deficiente visual, era um dos milhares de brasileiros cadastrados em ONGs e associações na espera de um companheiro de quatro patas que o ajudasse a realizar com mais facilidade as tarefas do dia a dia. A longa espera acabou na manhã desta […]

  • Data: 30/09/2013 11:09
  • Alterado: 30/09/2013 11:09
  • Autor: Mark Ribeiro
  • Fonte: PMSCS
GCM de São Caetano treina e entrega cão-guia a deficiente visual

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Quatro anos na fila para conseguir o cão-guia. O músico Luiz Henrique Kichel, deficiente visual, era um dos milhares de brasileiros cadastrados em ONGs e associações na espera de um companheiro de quatro patas que o ajudasse a realizar com mais facilidade as tarefas do dia a dia. A longa espera acabou na manhã desta sexta-feira (27/9), quando ganhou uma importante companhia: o cão Otto.

O quadrúpede dócil e vistoso da raça golden retriever tem três anos. Por 12 meses foi treinado pelo Canil da Guarda Civil Municipal (GCM) de São Caetano do Sul para servir ao novo dono. No período, passou por diversas situações rotineiras e simples para a maioria das pessoas, mas que podem ser perigosas a um deficiente visual, como, por exemplo, andar em escadas rolantes. Luiz Henrique também participou da capacitação para criar entrosamento e laço de amizade com o cão.

Tudo pronto, era a hora de Luiz ter definitivamente o seu primeiro cão-guia, aos 22 anos, sete após perder totalmente a visão. A entrega ocorreu na sede da GCM de São Caetano pelo guarda Henrique, que treinou Otto. A cerimônia simbólica teve a presença de autoridades municipais, da presidente da Associação Cão-Guia de Cego, Mônica Grimaldi, e de representantes da Adimax, empresa de produtos para animais de estimação, parceiros do Canil no projeto.

O novo dono de Otto mora sozinho, toca bateria e é usuário do transporte público. A perda da visão nunca impediu a realização de suas vontades e necessidades. “Mas agora espero me locomover com muito mais facilidade, agilidade e segurança. Fazia muito tempo que não andava 200 metros sem esbarrar em um poste ou em uma árvore”, relatou.

Problemas que não encontrará mais pela frente, segundo o GCM Henrique. “Trabalhamos para que o cão saiba identificar qualquer tipo de sinalização, além de obstáculos aéreos e terrestres”, afirmou. “Otto é equilibrado, sem desvio de comportamento, ideal para esta tarefa.”

Na busca da independência plena, Luiz Henrique também se cadastrou em entidades de Brasília, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina. Entretanto, os quadrúpedes formados como cão-guia por ano chegam a apenas algumas dezenas, fazendo com que milhares de brasileiros passem meses em filas de espera. Por isso a importância do ato de sexta-feira.

“É importante que todos colaborem para dar mais qualidade de vida a quem tem algum tipo de deficiência. Nós temos condições e oferecemos este treinamento, que nos traz muita satisfação”, sintetizou o comandante da GCM de São Caetano, Carlos Augusto Almeida, em referência ao trabalho de excelência conduzido pelo Canil da instituição, liderado por Rogério Baunes. “O auxílio à vida não tem preço”, concluiu o secretário municipal de Segurança, José Quesada Farina.

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  • Data: 30/09/2013 11:09
  • Alterado:30/09/2013 11:09
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