Futuro das cidades está ligado ao ciclo da água, diz superintendente da Sabesp no SXSW

Para Virgínia Ribeiro, preservação desse recurso finito passa também pelo potencial de aproveitamento do esgoto

  • Data: 12/03/2024 08:03
  • Alterado: 12/03/2024 08:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Sabesp
Futuro das cidades está ligado ao ciclo da água, diz superintendente da Sabesp no SXSW

Crédito:Divulgação/Sabesp

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O futuro das cidades está ligado ao ciclo da água e é preciso estar atento à preservação desse recurso e ao potencial do esgoto nesse cenário, explicou Virgínia Ribeiro, superintendente de Sustentabilidade e Governança Corporativa da Sabesp, durante o Favela Day by Gerando Falcões neste domingo (10) no South by Southwest (SXSW), maior evento de inovação do mundo, em Austin, no Texas.

No painel “Qual o futuro das cidades no novo contexto climático?” na Casa São Paulo, o espaço do governo paulista na SXSW, Virginia abordou o ciclo da água dentro do saneamento e as ações da Companhia para aproveitar o processo de tratamento de esgoto para soluções ambientais. Mediada por Eco Moliterno, CCO da Accenture Song LATAM, a sessão contou ainda com Kdu dos Anjos, CEO da Lá Favelinha e parceiro do Coletivo Levante, e Pedro Sutter, vice-presidente de Governança, Controles Internos, Riscos e Compliance da CCR.

“Ao falar de cidades e de futuro não podemos deixar de pensar no ciclo da água, como isso impacta a nossa vida. Quando aprendemos o ciclo da água na escola, temos a sensação de que ela é esse recurso de ciclo permanente e abundante. Mas, nas cidades, o ciclo começa com captação, tratamento e distribuição da água e vai até a coleta do resíduo, tratamento e devolução para a natureza”, afirmou. “A gente olha o esgoto como algo que estamos descartando, mas temos de vê-lo também como uma água em potencial, algo que no futuro pode fazer falta.”

Segundo a superintendente, a Sabesp está “olhando as estações de tratamento de esgoto” com a perspectiva de circularidade. “Queremos que todos os resíduos derivados da água tenham uma reutilização, uma reciclagem que possa diminuir o impacto humano no meio ambiente, sem falar outras questões como a redução de gases de efeito estufa”, disse.

Virgínia Ribeiro explicou que, para isso, a Companhia vem priorizando iniciativas que fechem o ciclo do saneamento e aproveitem todas as potencialidades do efluente. Citou como exemplo a geração de biogás na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Franca, usado para abastecer a frota da empresa no município; o reaproveitamento do lodo resultante do tratamento de esgoto em Botucatu para a fabricação de fertilizante orgânico; e a transformação do efluente na ETE ABC em água de reuso para abastecer o Polo Petroquímico de Capuava, evitando assim o uso de água tratada para fins industriais.

“A água é um recurso escasso, não é um ciclo fechado em si. Se a gente não se sensibilizar para olhá-la como um recurso a ser preservado e reutilizado, estaremos deixando um legado não muito saudável para as gerações futuras. Precisamos colocar isso no centro do debate climático para além da discussão sobre combustíveis fósseis e outras questões.”

AÇÕES SOCIAIS

A superintendente da Sabesp também participou, na SXSW, do painel “Transformando vidas através da Água e Saneamento: o poder da parceria entre Sabesp e Gerando Falcões”, ao lado de Nina Rentel, diretora de Tecnologias Sociais na instituição.

Além do suporte às iniciativas no projeto Favela 3D, em que a Gerando Falcões reestrutura favelas com foco na melhoria da qualidade de vida de seus moradores, ela mostrou outros programas sociais da Companhia , como o Água Legal, que desde 2016 já regularizou mais de 190 mil ligações de água em comunidades vulneráveis e foi premiado pela Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas e reconhecido pelo Banco Mundial; e as Tarifas Social e Vulnerável da Companhia, que já beneficiaram cerca de 964 mil famílias de baixa renda.

Virgínia também destacou a transformação social provocada pelo saneamento. “Numa favela, há vários problemas: violência, falta de educação, desigualdade social. O saneamento é a estrutura básica que, se resolvida, conseguimos ter mais condições de tratar esses outras temas, porque ele transforma as pessoas, ele modifica a realidade delas. É um processo de empoderamento para que elas trilhem seu próprio caminho de prosperidade.”

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  • Data: 12/03/2024 08:03
  • Alterado:12/03/2024 08:03
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