Festival Funarte Acessibilidança encerra agenda com ‘Annata’ e ‘Só se fechar os olhos’
Espetáculos fazem parte da primeira edição do evento, que premiou 25 projetos de dança inclusiva das cinco regiões do Brasil
- Data: 01/11/2021 08:11
- Alterado: 01/11/2021 08:11
- Autor: Redação
- Fonte: Funarte
"Annata" (Divulgação/Milton Jesus) e "Só se fechar os olhos"
Crédito:Divulgação/Thamires Mulatinho
A Fundação Nacional de Artes – Funarte encerra, na próxima semana, nos dias 3 e 5 de novembro, a programação do primeiro Festival Funarte Acessibilidança. Dois espetáculos premiados de São Paulo, Annata, do Núcleo Quimera de Criações, e Só se fechar os olhos, do Coletivo Desvio Padrão, serão lançados no canal da Fundação no YouTube, em vídeos com audiodescrição e Libras. Esta última etapa contempla projetos da região Sudeste. Outras 23 performances inclusivas, das demais regiões do país, já podem ser vistas na plataforma on-line, em bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca.
No dia 3 de novembro, quarta-feira, o Núcleo Quimera de Criações, de São Paulo, exibe Annata. O projeto surgiu da união de três artistas: um coreógrafo; um bailarino e artista visual; e um videomaker. O objetivo era unir vivências artísticas em uma única criação, que envolvesse dança, música, literatura, artes plásticas e vídeo. Os textos Elegias de Duíno, de Rainer Maria Rilke; Coríntios – 13.1, de Paulo de Tarso; e A Tempestade, de William Shakespeare, foram as fontes de inspiração para a obra. A narrativa traz um homem/anjo que viaja pelas formas de expressão corporal do minimalismo e explora a liberdade de movimentação da dança contemporânea. A peça coreográfica aborda a relação idealizada entre anjos e humanos, anseios, infortúnios e a busca constante por unidade. Victor Andreucci, artista com Síndrome de Down, é um dos bailarinos convidados.
Para encerrar a agenda da primeira edição do Festival, no dia 5 de novembro, sexta-feira, Só se fechar os olhos, de São Paulo, chega à plataforma de vídeos. A obra coreográfica do Coletivo Desvio Padrão propõe um mergulho na audiodescrição, para fazer emergir temas de grande alcance, que buscam tocar nas camadas mais profundas dos processos mentais. A concepção e a performance são assinadas por Maria Fernanda Carmo e Mariana Farcetta. “O duo de dança só acontece dentro da mente daqueles que são cegos ou daqueles que topam fechar os olhos para viver essa experiência de estar privado da visão. O texto que descreve essa dança inusitada, escrito por Edgar Jacques (ator e dramaturgo cego desde a infância), é narrado pelas performers, imóveis em cena. O criador dessa montagem nunca viu uma obra de dança. E isso lhe permite criar o que bem entender”, explica o grupo.
Festival Funarte Acessibilidança
Acesso gratuito, no canal: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca
Com audiodescrição e Libras
Encerramento da Etapa Sudeste
Espetáculo Annata, do Núcleo Quimera de Criações (SP)
Dia 3 de novembro, quarta-feira, às 20h
Montagem Só se fechar os olhos, do Coletivo Desvio Padrão (SP)
Dia 5 de novembro, sexta-feira, às 20h
Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: livre
Espetáculos disponíveis no canal da Funarte no YouTube
Região Norte: Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (TO); Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (RO); e Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (AM)
Região Sul: Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (RS); Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (SC); e Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (PR)
Região Nordeste: Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (RN); Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (PE); Maré – Versão virtual e acessível, do Coletivo CIDA (RN); Rio sem Margem, do bailarino Elísio Pitta (BA); de Plenitude, da Cia. de Dança Eficiente (PI); Ah, se eu fosse Marilyn!, do coreógrafo Edu O. (BA), e Proibido Elefantes, da Cia. Gira Dança (RN)
Região Centro-Oeste: Capão Dançante, da Cia. Theastai de Artes Cênicas (MS); Depois do Silêncio, da Arteviva Produções Artísticas e Universo Criativo (DF); Rodas em Dança: Livre e Lives, da Cia. de Dança Street Cadeirante (DF), e TransBordar, do Grupo de Dança Diversus (GO)
Região Sudeste: Coisa de Anjo, da Cia. ILTDA (RJ); Olhares Ímpares, da Pulsar Cia. de Dança (RJ); Conexões, da Trupe CircoDança (SP); Húmus, da bailarina Renata Mara (MG); Diversidade na dança através da singularidade de cada bailarino, da Cia. Carioca sobre Rodas (RJ), e Elementos disponíveis para outras composições, da Cia. Gente (RJ)
Realização
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