Férias escolares: jogos, brincadeiras e atividades educativas
Embora o período seja de descanso, é possível criar uma programação lúdica
- Data: 15/12/2021 16:12
- Alterado: 15/12/2021 16:12
- Autor: Redação
- Fonte: Mind Lab
Crédito:Luciana Borges
Mesmo que o avanço da vacinação nos permita diminuir as restrições no combate à pandemia, é importante manter os principais cuidados, como evitar aglomerações e continuar usando máscaras. Isso não quer dizer, no entanto, que crianças e jovens, no período de férias escolares, devem abrir mão de brincadeiras e exercícios para aproveitar o tempo livre. É ainda melhor quando conseguimos unir tudo isso a atividades que agreguem conhecimento e ajudem nos processos de aprendizagens. Para isso, não são necessários muitos recursos. Com boas doses de afeto e criatividade, os tutores podem criar dinâmicas incríveis para os pequenos.
Thiago Zola, gerente de projetos estratégicos da Mind Lab, empresa de tecnologias e soluções educacionais, defende a importância de criar um cronograma que conte com brincadeiras livres, para que as próprias crianças definam o que farão. Para essas atividades, o mais recomendado é espaço ao ar livre, de preferência com contato com a natureza: grama, areia, árvores. Mas dentro de casa também é possível formar uma série de atividades. Se é possível pensar a grade curricular com jogos que auxiliam no processo de aprendizagem, em casa, durante as férias, isso não precisa ser diferente. Pensando nisso, a Mind Lab traz sugestões de exercícios para fazer com a criançada, separada por faixa etária.
De 3 a 6 anos:
A partir dos três anos, a criança já está apta a desenvolver atividades que exijam certa coordenação motora. Inclusive, é até importante estimular essas habilidades. Quebra-cabeça, brinquedos de montar e desmontar, ou de encaixe são atividades que podem ser feitas com repetição e que ajudam na concentração. Quase todo processo de aprendizagem da infância ocorre a partir dos cinco sentidos. O cérebro do bebê faz conexões entre neurônios que transmitem e guardam as informações. Por isso o estímulo – por meio de atividades sensoriais – é fundamental. Uma alternativa muito interessante é a “caixa sensorial”, que pode ser de papelão, com objetos de diferentes texturas e formas são escondidas para que a criança, pelo tato, descubra o que é, ou simplesmente sinta as consistências. Uma simples bacia com água pode resultar em uma brincadeira divertida: coloque objetos de diferentes densidades, para que a criança entenda que alguns irão afundar e outros, boiar. Mesclar água quente e fria também auxilia na compreensão dos sentidos.
A partir dos 7 anos:
Nessa fase, as crianças estão desenvolvendo de forma significativa a autonomia, por isso podem escolher as brincadeiras, roupas e demais preferências. Além disso, elas já têm a capacidade de se concentrar por mais tempo na mesma tarefa. Portanto, basta passar as instruções das brincadeiras, mesmo as mais elaboradas, porque elas contam com um repertório maior. Um exemplo é o jogo da mímica: a comunicação não verbal é uma forma muito rica de expressar sentimentos, ter controle do corpo e é um ótimo estímulo à criatividade. Jogos de raciocínio e de desafios também são muito importantes, além de divertidos.
A partir dos 12 anos:
Mudanças muito importantes acontecem na vida da criança nessa fase e que se refletem no comportamento, corpo e forma que ela se relaciona com o mundo. Com raciocínio lógico já bem estruturado, ela passa a constituir a própria linha de raciocínio, por meio de construção de hipóteses, experimentações, além de compreender com mais facilidade as emoções, similaridades e diferenças nas pessoas. Por isso, experimentos científicos, principalmente os que têm apelo visual, são muito interessantes e que podem ser realizados em casa, sem recursos muito específicos. Apostar em jogos de tabuleiro é uma alternativa ótima, também porque, nessa idade, crianças e jovens tendem a passar muito tempo diante das telas.
“Cada criança é única e tem suas singularidades. Ao tutor, cabe compreender suas preferências e respeitar seus espaços. Ter tempo de qualidade junto das crianças e adolescentes é importante porque cria laços, estabelece segurança, confiança e uma relação saudável, que influencia inclusive a vida acadêmica deles”, lembra Thiago.