Fazenda projeta maior crescimento do PIB e eleva previsão de inflação para 2024
Para 2025, a projeção de crescimento caiu de 2,6% para 2,5%, e a previsão de inflação foi revisada de 3,3% para 3,4%.
- Data: 13/09/2024 14:09
- Alterado: 13/09/2024 14:09
- Autor: Redação
- Fonte: FolhaPress/Nathalia Garcia
Crédito:Divulgação
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevou de 2,5% para 3,2% a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2024 e também revisou para cima a projeção de inflação para este ano salto de 3,9% para 4,25%.
Para 2025, a projeção de crescimento caiu de 2,6% para 2,5%, e a previsão de inflação foi revisada de 3,3% para 3,4%. As novas estimativas constam no boletim macrofiscal divulgado nesta sexta-feira (13).
Apesar da alta para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), a projeção ainda está dentro da meta perseguida pelo Banco Central de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
De acordo com o relatório, a estimativa para inflação leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado nos preços, o cenário de bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica no fim do ano e o reajuste no piso mínimo para os preços de cigarro.
Os números estimados pelo Ministério da Fazenda são importantes porque vão nortear o próximo relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas do Orçamento.
Variáveis como inflação e crescimento da economia interferem diretamente na arrecadação de tributos da União. Quanto maior é o avanço do PIB, maior também é o faturamento das empresas e, consequentemente, mais impostos e contribuições são recolhidos.
Na última quarta (11), o ministro Fernando Haddad (Fazenda) antecipou que a estimativa da equipe econômica para o crescimento do PIB deveria ficar acima de 3% diante da força mostrada pela economia brasileira nos últimos indicadores.
“A atividade econômica continua vindo forte. Hoje [quarta] tivemos um dado de serviços forte. Devemos divulgar a reprojeção do PIB e as consequências sobre a arrecadação, possivelmente com um aumento da projeção, além do que nós estávamos esperando. Ele deve vir mais forte, possivelmente 3% [de crescimento do PIB] para cima”, disse o ministro.
A projeção mais otimista vem depois dos dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrarem que a atividade econômica cresceu 1,4% no segundo trimestre deste ano no Brasil, na comparação com os três meses iniciais de 2024.
O PIB está no maior nível da série histórica do instituto, iniciada em 1996. As projeções para este ano agora estão em patamar similar aos números registrados em 2023 (2,9%) e 2022 (3%). O resultado de abril a junho ocorreu em um contexto de mercado de trabalho aquecido e transferências governamentais.
A expectativa da Fazenda é que o PIB da indústria cresça 3,5%, e o PIB de serviços, 3,3%. No último boletim, divulgado em julho, essas estimativas eram de 2,6% e 2,8%, respectivamente. Para a atividade agropecuária, a queda esperada é de 1,9%, ante queda de 2,5% no relatório anterior.
Segundo o relatório, a SPE espera desaceleração moderada no ritmo de atividade, para 0,6% na margem, para o terceiro trimestre de 2024. “O menor ritmo de crescimento na comparação trimestral está relacionado, principalmente, à forte expansão da atividade no segundo trimestre”, diz o texto.