Falta educação e sobram problemas
Falta um olhar minimamente qualificado para a educação e sobra espaço para a multiplicação de problemas no Estado
- Data: 11/06/2013 14:06
- Alterado: 11/06/2013 14:06
- Autor: Carlos Neder
- Fonte: Carlos Neder
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Como já não bastasse a onda de violência que coloca em xeque a situação da segurança pública no Estado, chama a atenção a recente greve geral de alunos, trabalhadores administrativos e professores da Unesp, que teve início em maio passado.
De uma vez só, o Governo do Estado mostra o descaso com duas áreas que dizem respeito ao bem-estar das pessoas. A violência está na sociedade e nas escolas. Na educação, fica clara a postura autoritária de não negociar para valer as reivindicações formuladas, em conjunto, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Unesp (Sintunesp), Associação dos Professores da Unesp (Adunesp) e o Conselho das Entidades Estudantis Unesp/Fatec (CEEUF).
Como exemplo, basta dizer que atrelar a possibilidade de negociar reajuste somente se a arrecadação do ICMS for positiva, conforme anunciado, é virar os olhos para a necessidade de se encontrar uma alternativa que estimule professores e demais funcionários à vocação universal da educação, que é a de preparar novos cidadãos capacitados a enfrentar os desafios do mundo, que são muitos. E com a greve todos se desgastam.
Como integrante da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, defendo que as faculdades, ainda mais as públicas, devem estimular o conhecimento, o pensamento crítico, a formação profissional e o papel social de seus estudantes. E que sempre haja um espaço de negociações permanentes visando à melhoria das instituições de ensino e à democratização da escola.
Isso é o mínimo que se espera para conquistamos uma sociedade em que novas ideias sejam geradas, com base no aprendizado e valores transmitidos pelos ambientes escolares. Do jeito em que se encontra atualmente, falta um olhar minimamente qualificado para a educação e sobra espaço apenas para a multiplicação de problemas no Estado para desespero dos cidadãos.