Falta de energia gera danos em várias regiões de São Paulo, incluindo ABC
Os apagões gerados pelas fortes chuvas em todos o Brasil, deixaram consequências para consumidores que já consideram alternativas de fornecimento elétrico
- Data: 31/10/2024 08:10
- Alterado: 31/10/2024 08:10
- Autor: Redação
- Fonte: ABCdoABC
Crédito:Reprodução
O apagão que atingiu São Paulo na sexta-feira, 11 de outubro de 2024, afetou mais de 2,1 milhões de clientes e gerou novos questionamentos sobre a eficiência do sistema de distribuição de energia.
A tempestade, que trouxe rajadas de vento superiores a 107,6 km/h, deixou milhares de imóveis sem luz por mais de 17 horas, prejudicando bairros da capital e diversos municípios da Grande São Paulo.
Algumas cidades do ABC foram afetadas, sendo que em Diadema, houve uma morte registrada devido à queda de uma árvore, o que evidencia não apenas os problemas energéticos, mas as tragédias humanas associadas aos eventos climáticos dessa proporção.
Esforços da Enel e dificuldades no atendimento
Apesar dos esforços da Enel para restaurar a energia, 1,3 milhão de clientes ainda estavam sem luz até dois dias depois das chuvas fortes. Fazendo com que a empresa enfrentasse dificuldades em sua operação, dada a quantidade de moradores relatando dificuldades para entrar em contato com a central de atendimento e registrar ocorrências.
Em resposta, a Enel aumentou a capacidade de atendimento telefônico, que recebeu mais de 1 milhão de chamados desde o início da crise.
O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, reconheceu a complexidade do evento e atribuiu os transtornos aos ventos históricos que afetaram a infraestrutura elétrica. Equipes extras foram mobilizadas, somando 2.500 técnicos no campo, com reforços vindos do Ceará e do Rio de Janeiro.
Além disso, 500 geradores foram disponibilizados para hospitais e estabelecimentos essenciais, e dois helicópteros passaram a sobrevoar as linhas de transmissão para identificar falhas.
Na região, os estragos e prejuízos foram em Vila Progresso, Miguel Ângelo, Vila Suíça, Gerassi e São Jorge na cidade de Santo André. Vila Planalto e Nova Petrópolis em São Bernardo do Campo, e Vila Gerty em São Caetano do Sul.
O efeito cascata da falta de energia comprometeu também o abastecimento de água em várias cidades da Grande São Paulo. A Sabesp alertou para a necessidade de economia, já que a interrupção afetou as estações de bombeamento e tratamento de água.
A adesão a outras fontes energéticas
A ocorrência de apagões na capital paulista e na Grande São Paulo tem sido recorrente nos últimos anos. Em novembro de 2023, uma falha no sistema deixou milhões sem energia, resultando em uma multa de R$ 165,8 milhões à Enel. Essas interrupções frequentes têm alimentado a desconfiança dos consumidores e incentivando a busca por alternativas energéticas.
Impulsionando, por exemplo, a adoção de energia solar e outras fontes renováveis por residências e empresas instalando painéis solares, e aproveitando incentivos fiscais, o que tem surtido efeito sobre esse segmento.
Especialistas apontam ainda que a popularização dessas tecnologias pode minimizar o impacto dos apagões no futuro, especialmente para aqueles que já contam com sistemas independentes.
Previsão de normalização e canais de atendimento
Além das chuvas fortes, mesmo com a maioria dos casos já respondidos, a Enel indicou que alguns clientes receberiam mensagens automáticas com prazos inconsistentes, pois a distribuidora alegou falhas na programação das respostas automáticas via WhatsApp, algo que foi corrigido depois.
Para informações sobre os serviços da Enel, as formas de contato são:
- SMS: Enviar “luz [número de instalação]” para 27373
- WhatsApp: (21) 99601-9608
- Aplicativo e site da Enel