Falando de Transportes e Transportadoras – Nas rotas da decadência
As rodovias brasileiras pioraram expressivamente nos últimos anos, regredindo para os níveis de 2017. A Pesquisa CNT 2011 que avaliou 109,1 mil quilômetros de rodovias do Brasil sob administração privada constatou que 61,8% apresentam problemas. Cerca de 67.400 quilômetros receberam classificação regular, ruim e péssimo. A classificação ótimo e bom caiu de 32,5% há dois […]
- Data: 07/12/2021 10:12
- Alterado: 07/12/2021 10:12
- Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira
- Fonte: AutoMotrix
Estrada brasileira mal conservada
Crédito:Divulgação
As rodovias brasileiras pioraram expressivamente nos últimos anos, regredindo para os níveis de 2017. A Pesquisa CNT 2011 que avaliou 109,1 mil quilômetros de rodovias do Brasil sob administração privada constatou que 61,8% apresentam problemas.
Cerca de 67.400 quilômetros receberam classificação regular, ruim e péssimo. A classificação ótimo e bom caiu de 32,5% há dois anos para 28,2%. Já os trechos avaliados como regular, ruim e péssimo aumentaram de 67,5%, em 2019, para 71,8%, em 2021. Segundo a CNT, mais de 2,7 mil quilômetros foram classificados como inadequados.
O estudo comprova o efeito negativo da queda de investimentos, sobretudo do setor público. Nos últimos dois anos, esses recursos representaram apenas 0,09% do PIB. Com isso, a manutenção e a pavimentação das rodovias do Brasil ficaram muito abaixo do recomendável. A queda da qualidade das estradas gera alta nos custos de manutenção, tanto da rodovia quanto das operações dos usuários. Isso porque veículos que circulam em rodovias ruins quebram mais e consomem mais combustível.
Ainda conforme a CNT, em rodovias ruins, o custo operacional do transporte é, em média, 30,9% maior. A alta no consumo de combustível gerou prejuízo de R$ 4,21 bilhões aos transportadores de carga em 2021, além de gerar aumento do volume de emissões de poluentes.