Fábrica de Cultura Diadema inaugura sua 1ª Mostra Cênica
Entre os destaques da programação estão a exibição do documentário sobre Ordalina Candido e o espetáculo sobre Quarto de Despejo, livro de Carolina de Jesus
- Data: 11/03/2019 11:03
- Alterado: 11/03/2019 11:03
- Autor: Redação
- Fonte: Fábrica de Cultura
Crédito:divulgação
A Fábrica de Cultura Diadema foi inaugurada só há alguns meses, mas sua programação já está a todo o vapor! No mês de março, a unidade abrirá as portas para sua 1ª Mostra Cênica, que terá exibição de documentário, peça de teatro, espetáculo de dança e até workshop. Toda a programação é livre, gratuita e aberta ao público. A Fábrica de Cultura Diadema é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, que é gerenciada pela Poiesis.
Com muita potência, no dia 20, das 20h às 22h, o público poderá assistir ao documentário Ordalina Candido – Eu sou o povo. Aos 75 anos, Ordalina tornou-se uma referência em Diadema, devido a sua militância enquanto negra e favelada, e também aos seus trabalhos nas artes plásticas. Ela tem obras expostas em Portugal, Noruega, Inglaterra, Dinamarca, Suíça, Austrália, França e Canadá, que em sua maioria têm como tema a favela, cunhada por Ordalina como “quilombo urbano”. O fio condutor do documentário são os bairros de Eldorado e Inamar, localidades que abarcam grande parte de sua história como pintora e articuladora social.
Já no dia 21, das 14h30 às 15h, será a vez de um trio de mulheres apresentar o espetáculo Dança 3. A proposta das dançarinas, que têm Síndrome de Down, é reviver a dança cigana com muita alegria e paixão, estimulando a criatividade e as novas percepções do público. Na data da apresentação, será celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down, que tem como objetivo conscientizar os cidadãos sobre a importância do bem-estar e da inclusão das pessoas com Down na sociedade.
Logo depois, das 19h às 20h, a atriz Lília Reis apresentará uma peça sobre a escritora Carolina de Jesus – mulher negra, mãe solo, moradora da favela e catadora de papelão, que se tornou um dos grandes da literatura brasileira. A proposta de Precisamos falar sobre O Despejo de Carolina é estimular as reflexões do público acerca da relação do Brasil dos anos 1950 (década de sua primeira publicação) com situações atuais; além da ligação entre o racismo e a saúde mental da mulher negra. Conhecida por seu livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada – obra que vendeu mais de um milhão de exemplares e foi traduzida em catorze línguas –, Carolina não teve seu trabalho reconhecido em vida e só foi devidamente acolhida como grande escritora após sua morte.
O workshop e espetáculo Sede será no dia 23, em dois horários: a oficina de breaking acontecerá às 14h, e a apresentação de danças urbanas será das 17h30 às 19h. Corpos, elementos e espaço envolvidos entre o abstrato e o real. Situações e personagens existentes são representados em expressões corporais, que propõem o contato com a subjetividade da arte. A questão inicial do espetáculo provoca, mas não sugere uma resposta conclusiva: afinal, qual é a sua sede?
SERVIÇO:
Ordalina Candido – Eu Sou o Povo
Quarta-feira, 20/3 – 20h às 22h
Dança 3
Quinta-feira, 21/3 –14h30 às 15h
Precisamos falar sobre O Despejo de Carolina
Quinta-feira, 21/3 – 19h às 20h
Workshop e espetáculo Sede
Sábado, 23/3 – das 14h às 19h
Fábrica de Cultura Diadema
Rua Vereador Gustavo Sonnewend Netto, 135 – Centro – Diadema/SP
Telefone: (11) 4051-5000
Funcionamento: de terça a sexta-feira, das 9h às 20h, e finais de semana e feriados das 12h às 17h