Exposição Ygapó: Terra Firme segue em cartaz no Museu das Culturas Indígenas
Com curadoria de Denilson Baniwa, a mostra incita reflexões sobre o futuro da existência e utiliza estímulos sensoriais para ilustrar a conexão com a floresta
- Data: 10/11/2023 13:11
- Alterado: 10/11/2023 13:11
- Autor: Redação
- Fonte: Museu das Culturas Indígenas
A atmosfera de uma casa de reza Guarani marca o módulo Terra Firme
Crédito:MCI
O público pode conferir Ygapó: Terra Firme, no Museu das Culturas Indígenas (MCI), até 20 de novembro. Em dois módulos, a mostra traz produções contemporâneas de músicos indígenas com intervenções de diversos povos do Brasil e exterior e reproduz a atmosfera de uma Opy — casa de reza dos Guarani. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.
O módulo Terra Firme apresenta a conexão com a floresta. O público pode tocar as raízes que compõem as paredes, sentir os aromas da combinação de ervas misturadas e ainda caminhar por folhas secas em alusão ao solo da mata. Um tronco no centro da instalação sugere que a matéria orgânica de árvores caídas colabora para o nascimento de outras ainda mais fortes.
Muita música em ritmos produzidos por artistas indígenas marcam o segundo módulo de Ygapó. Mesmo em constante ameaça, as canções sugerem que a coletividade e o compartilhamento de saberes tornam possível o vislumbre de uma futura existência.
O público pode conferir ainda, no centro da sala, animações em videoclipes exibidos em telão. Nas paredes as pinturas, frases e manifestos mostram diversas intervenções artísticas de povos indígenas de diferentes partes do mundo.
A exposição pode ser apreciada só até 20 de novembro, que mesmo sendo uma segunda-feira estará aberta à visitação, com ingressos gratuitos nesta data, devido ao Dia da Consciência Negra.
Denilson Baniwa é um artista indígena. Seu ser indígena o leva a inventar um jeito de fazer arte no qual processos de criação, por força, são apresentados como intervenções em uma dinâmica histórica – a história da colonização dos territórios que hoje conhecemos como Brasil. Suas obras utilizam performance, pintura, projeções a laser, imagens digitais e exploram diferentes linguagens visuais.
SERVIÇO
Ygapó: Terra Firme
Período: até 20 de novembro
Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)
Ingressos: reserva disponíveis no site