Exposição sobre a história do Bixiga em São Paulo segue até setembro

A exposição Epicentro Bixiga reconstitui e articula as diversas memórias sociais de um território que mantém suas raízes ancestrais vivas

  • Data: 23/08/2024 08:08
  • Alterado: 23/08/2024 08:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
Exposição sobre a história do Bixiga em São Paulo segue até setembro

Epicentro Bixiga

Crédito:Divulgação

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Desde 23/06, o “Memorial Dom Orione” inaugurou a exposição inédita temporária, “Epicentro Bixiga”, com o objetivo de apresentar o Bairro do Bixiga e sua população, através de cenografia e painéis. A visitação é gratuita. Consulte horários de funcionamento. Endereço Rua 13 de maio, 432.

Idealizada pela produtora Dani Correa, financiada pela Fundação Nacional das Artes, a FUNARTE, com o conceito curatorial de Rico Malta, pesquisa de Lucas Almeida e projeto expográfico da premiada cenógrafa Paula de Paoli, com realização das Obras Sociais Nossa Senhora Achiropita, a exposição é dividida em três momentos: Bixiga Italiano, Bixiga Solo Negro e Bixiga é o Nordeste. Convidamos o visitante a conhecer e se reconhecer neste acervo da pluralidade de presenças, sociabilidades, modos de viver e formas de resistir das populações africanas, italianas, nordestinas, e de seus descendentes a partir do século XIX no Bixiga.

A exposição, montada no piso superior do Memorial Achiropita-Orione no Bixiga, conta com uma instalação imersiva, educativa e lúdica, e reúne painéis, banners, objetos, biombo, varal expositivo e cenografia que reconstitui e articula as diversas memórias sociais de um território que mantém suas raízes ancestrais vivas, de acordo com cada novo achado no Sítio Arqueológico do Quilombo Saracura, a cada edição da Festa de Nossa Senhora Achiropita, nas celebrações inculturadas da Pastoral Afro Achiropita, em cada produto comercializado nas casas do norte/nordeste presentes nas mesas dos moradores, nos ensaios de rua da Vai-Vai, nas quermesses das vilas, nos aromas e sabores das cantinas italianas e dos restaurantes nordestinos, nas pequenas mercearias, com anúncios escritos à mão, “chegou o requeijão do Ceará”, “chegou o queijo da Bahia”, em cada prato de feijoada distribuída na Festa de Ogum e os diversos doces entregues nas Festas dos Santos Cosme e Damião pelo bairro.

Bixiga Solo Negro

A presença africana e de seus descendentes nos Campos do Bixiga se deu a partir do início do século XIX, marcado pela existência da comunidade quilombola do Saracura na região.

Bixiga Italiano

Os primeiros imigrantes italianos chegaram na cidade de São Paulo a partir do final do século XIX, por conta de questões sociais e econômicas na Itália, somando-se com a proposta de substituição da mão de obra escravizada no Brasil, apoiada nas teorias do embranquecimento da população brasileira e nas políticas públicas de imigração financiadas pelo Governo brasileiro, durante e após a abolição da escravidão no Brasil, em 1888.

Bixiga é o Nordeste

Ao falar do Bixiga, é necessário destacar a grande presença contemporânea da população de brasileiros de diversos Estados da região do Norte/Nordeste, presente desde os anos de 1950, quando vieram para trabalhar na construção de São Paulo. Hoje, eles ocupam postos em diversos segmentos, além de atuar também nas cozinhas das cantinas, e serem proprietários de bares e restaurantes. Muitos residem em imóveis próprios, ou em pensões e cômodos de cortiços pelo bairro, os mesmos que no século passado eram ocupados por italianos.

O projeto, ainda, contemplou um Curso de Formação de Monitores Culturais, durante um período de 3 meses, jovens do bairro tiveram acesso a um conteúdo rico e foram instrumentalizados à conduzir uma exposição.

Três dos participantes do curso foram contratados como estagiários e terão a oportunidade de testar seus conhecimentos e dar continuidade ao aprendizado durante o período em que a “Exposição Epicentro Bixiga” ficará em cartaz, a partir do dia 23 de junho no Memorial Achiropita- Orione no Bixiga.

Ficha técnica:

Concepção e Produção:

Dani Correia idealização e coordenação de produção

Rico Malta conceito curatorial e edição

Cristina Maria Oka supervisão de curadoria

Laura Windson coordenadora técnica

Lucas Almeida pesquisa e produção de textos

Paula de Paoli projeto expográfico e design gráfico

Wagner Almeida cenotécnico

Bruno Lemos fotografias

Rafaela Correia assistente de produção

Adriana Claudia gestão administrativa

Correia Cultural gestão cultural

Equipe Memorial Achiropita Orione no Bixiga e Obras Sociais Nossa Senhora Achiropita:

Padre Altamir

Gabriel Jonas da Silva – Diretor Presidente

Roberto Silva Diretor Financeiro

Roberto Reder – Gerente Administrativo

Amon Windson – Coordenador do Memorial

Conselheiros: Amon Windson, Cristina Maria Oka, Eva Yu Bertani, Laura Windson, Lu Delarmelino, Maria Eunice Oliveira Santos, Padre Antonio Sagrado Bogaz, Padre Edson Lima, Padre Roberto Silva, Padre Altamir Gabriel Jonas da Silva, João Hansen, Cláudio Portioli, Welesson freitas e Marcela Merlo.

Realização: Obras Sociais Nossa Senhora Achiropita e Fundação Nacional das Artes – FUNARTE

Serviço

EPICENTRO BIXIGA

Exposição: A partir de 23 de junho até o dia 15 de setembro/24 Horários sábados e domingos meses de Junho e Julho: das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00

Mês de agosto – Festa da Achiropita: Horários sábados e domingos: das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 22h00.

Local: Memorial Achiropita Orione no Bixiga- Rua 13 de Maio, 432

Classificação Indicativa: Livre Entrada Franca

Visitas monitoradas (realizar agendamento prévio através do telefone (11) 97642-1134

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  • Data: 23/08/2024 08:08
  • Alterado:23/08/2024 08:08
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