Exposição, show de Souto MC, bate-papo com diretora de Ó Paí, Ó 2 e muito mais nas Fábricas de Cultura
A agenda de abril ainda terá shows de artistas indígenas, dentre eles o rapper Owerá, além de apresentação do rapper RAPadura Xique-Chico, e festival em homenagem a Mercedes Baptista, a 1ª profissional negra a integrar o balé do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
- Data: 02/04/2024 10:04
- Alterado: 02/04/2024 10:04
- Autor: Redação
- Fonte: Fábrica de Cultura
Souto MC / Divulgação (esq.) | Cena do filme Ó Paí, Ó 2 (dir.) / Reprodução
Crédito:Divulgação
Fãs de música, cinema e artes visuais não podem deixar de passar nas Fábricas de Cultura – Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis – durante o mês de abril. Confira algumas opções para se divertir nas zonas Norte e Sul da cidade, e em Diadema e Osasco:
Zona Norte
A exposição “OÎMOMARÃ: manter-se vivo na adversidade” da artista e MC Sarah Key, atuante no movimento hip-hop e multiartista que apresenta o movimento da pichação em paralelo com o movimento indígena como ferramentas diretas de reivindicação e retomada de territórios. A artista coloca a pichação como uma forma de contestar como as grandes cidades foram construídas em cima de florestas e rios. O público poderá visitar a exposição de 10 a 27 de abril, das 9h às 18h, na Fábrica de Cultura Jaçanã.
Outra opção na zona Norte é a Oficina de Temby’u Ete na Fábrica de Cultura Brasilândia no dia 16, terça-feira, às 10h. A atividade propõe um entendimento sobre o sagrado do dividir apresentando a culinária ancestral de povos indígenas. O público aprenderá a preparar o Pira Txunn Rewe (peixe servido com paçoca de banana verde), um prato típico do povo Guarani Mbya. A participação é por ordem de chegada.
A criançada ainda poderá se divertir na Brasilândia com a apresentação O Circo da Lua, da Trupe Arlequins & Colombinas no dia 23, terça-feira, às 14h30. Neste encontro, o público é convidado a conhecer os personagens do circo “Las Mágicas” através de uma menina chamada Lua, e a mergulhar no mundo da trupe.
Em abril, a atividade mensal BiblioVisita leva os frequentadores da biblioteca da Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha para a exposição “Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou” em cartaz no Instituto Moreiras Salles (IMS), localizado na Avenida Paulista. Os interessados devem se inscrever na recepção da biblioteca. São 40 vagas e os participantes têm transporte e lanche. A visita será no dia 26, sexta-feira, a partir das 13h.
Ainda no dia 26, o público poderá aproveitar dois shows na Fábrica de Cultura Jaçanã que celebram o Dia dos Povos Indígenas (19/04). A partir das 19h, a cantora, percussionista, arte-educadora, produtora e diretora musical Siba Puri apresenta um show imperdível ao unir elementos da cultura pernambucana e jamaicana com a arte ancestral dos Puri, povo originário do sudeste brasileiro.
Mais tarde, às 20h, é a vez de Souto MC animar o público do Jaçanã. Desde o primeiro single em 2014, Souto abriu o próprio caminho no rap paulistano, levando de forma independente o empoderamento, característica constante do trabalho que vem realizando. Em 2019, lançou o primeiro disco intitulado “Ritual”, onde fala sobre o resgate de sua ancestralidade indígena.
E o hip-hop continua na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha com a 100ª edição da Batalha de Rima na Fábrica, no sábado, 27/04, às 14h30. Os encontros mensais da Batalha buscam dar espaço para MC’s da região na pegada freestyle. Neste edição comemorativa o público poderá assistir batalhas dos manos, das minas, das monas e mais atrações convidadas.
Zona Sul
De 3 a 13 de abril, a Fábrica de Cultura Jardim São Luís recebe o Festival Ajeum: Raízes de Mercedes Baptista (1921-2014) em homenagem à coreógrafa e bailarina que foi a primeira profissional negra a integrar o corpo de balé do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, além de ser responsável pela criação do balé afro-brasileiro. O festival é uma iniciativa de Djalma Moura junto ao Núcleo Ajeum. O evento terá rodas de conversas, oficinas, exibições de vídeo performances e apresentações de dança com coletivos e grupos. As atividades do festival começam às 15h. A agenda completa pode ser consultada na parte de serviços.
Na terça-feira, 16, o Núcleo de Moda das Fábricas de Cultura, com sede na unidade Jardim São Luís, realiza a Oficina de Croquis a partir das 15h. Neste encontro, os participantes irão desenvolver suas habilidades ao criar peças em diferentes formas e tamanhos. A atividade, que celebra o Dia Mundial do Desenhista (15/04), acontecerá na biblioteca da Fábrica. A participação é por ordem de chegada.
O aniversário do distrito Capão Redondo é apenas em 1º de maio, mas a Fábrica de Cultura da região vai iniciar a celebração ainda em abril. No dia 25, quinta-feira, às 19h, acontece o Fábricas de Stand Up, um show de humor pensado e desenvolvido dentro desse território da periferia da zona Sul com o intuito de levar os humoristas da comédia em pé ao encontro do público que geralmente não tem acesso aos grandes clubes de comédia.
Já no sábado, 27, às 16h, a diversão será na 2ª edição do Ball Isso é Baile com o coletivo Amem. O evento reúne 10 categorias inspiradas na cena de dança do Capão Redondo e honrando os movimentos, grupos e importantes artistas revolucionários da região e outras periferias do mundo. A Ball terá discotecagem ao som de Hip Hop, Funk, House Music; uma banca de júri com figuras importantes da cena kiki Ballroom; e no microfone Félix Pimenta e Zaila para conduzir o baile que traz categorias como runway, vogue femme e passinho.
Região Metropolitana
No dia 11, quinta-feira, a Fábrica de Cultura Diadema recebe a apresentação circense Chefs do Riso: viva melhor, produzida pelo Instituto Paulo Kobayashi. A atividade conta a história de Chico Minada que embarca em uma jornada pela evolução da alimentação humana ao entrar no seu videogame preferido. Com acrobacias, malabares e muito humor, o espetáculo oferece uma hora de entretenimento para todas as idades. Serão duas apresentações: uma às 10h e outra às 14h30.
Para celebrar o Mês do Povos Indígenas, a Fábrica de Cultura Osasco realiza o Festival Indígena com apresentações musicais de diversos artistas no dia 14, domingo, das 12h às 20h. O evento conta com a participação da cantora e multiartista Cayarí, do rapper e produtor Mirindju, da cantora e estilista Kantupac, do cantor Carlos Xavier, cantora e compositora Ayra, da cantora e produtora cultural Djuena Tikuna, do cantor e ativista Edivan fuLni-Ô, do artista Jason Tupã, do rapper e compositor RAPadura Xique-Chico e do rapper Owerá.
A biblioteca da Fábrica de Cultura Osasco recebe a atividade Slam: resistir e sinalizar no dia 17, quarta-feira, às 14h30. O público acompanhará poemas recitados na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) com a tradução e interpretação em voz para o português, promovendo a aproximação entre a comunidade surda e ouvinte.
O dia 23/04, terça-feira, a partir das 19h, será bem especial para o público da Fábrica de Cultura Diadema. Na data, será exibido o curta-metragem “FENESTRA”, dirigido por Thiago Fernandes, seguido pelo filme “Ó, Paí, Ó 2”, continuação do clássico de mesmo nome e estrelado por Lázaro Ramos. O filme volta ao Pelourinho, onde o lendário Roque, interpretado pelo ator, se encontra imerso em uma nova jornada ao lado de uma geração emergente de personagens. Após as exibições, o público poderá participar de um bate-papo com Viviane Ferreira, diretora de “Ó, Paí, Ó 2”, e Thiago Fernandes, diretor de “FENESTRA”.
E a agenda termina na Fábrica de Cultura Osasco com o tradicional Sextou na Praça, evento que recebe artistas locais para se apresentarem na praça em frente a Fábrica no fim de cada mês como uma forma de valorizar a produção artística local. No dia 26/04, sexta-feira, às 19h30, é a vez do Samba da Loba, uma roda concebida por Carol Seixas, Lua Ibelli e Mariana Brimdjam para cantar clássicos do samba, dos pagodes dos anos 1990, cantigas populares, além de algumas surpresas contemporâneas.
Confira a programação completa do mês no site das Fábricas de Cultura.