Expo Internacional da Consciência Negra será realizada no Pavilhão do Anhembi, em novembro
Evento foi tema de reunião que contou com a participação de empresas como Magazine Luiza, Facebook, Itaú Unibanco e Nestlé, além de consulados da Alemanha e da Espanha, entre outros
- Data: 14/10/2021 09:10
- Alterado: 14/10/2021 09:10
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
1ª Expo Internacional da Consciência Negra
Crédito:Reprodução
O prefeito Ricardo Nunes e a secretária municipal de Relações Internacionais, Marta Suplicy, receberam 26 CEOs de grandes empresas, câmaras de comércio e representantes de corpos consulares como Canadá, México, Alemanha, Espanha, França e Turquia na sede da Prefeitura. No encontro foi apresentado a I Expo Internacional da Consciência Negra, que será realizada no Pavilhão do Anhembi nos dias 19 a 22 de novembro.
A Expo é uma ação da política pública São Paulo, Farol de Combate ao Racismo Estrutural, parceria das secretarias municipais de Relações Internacionais e de Educação para estimular o debate e engajar a população no combate ao racismo estrutural.
O prefeito Ricardo Nunes comentou a importância da exposição acontecer na maior capital do Brasil e da América do Sul.
“Estamos efetivamente focados no sucesso desse evento. Por isso, teremos divulgação em nossos 14 mil ônibus, nas nossas 4 mil unidades escolares e em 469 UBS. Não tenho dúvida de que esse evento será tão positivo, tão ilustrativo e educativo, de tal importância que ele será reproduzido por muitas cidades do Brasil e do mundo”, disse.
Além do apoio à Expo, o prefeito e a secretária municipal de Relações Internacionais buscam engajar todos no combate ao racismo estrutural. A Expo é a parte visível da política pública São Paulo Farol de Combate ao Racismo Estrutural, coordenado pela assessora especial de Relações Internacionais, Adriana Vasconcellos.
“São Paulo, Farol de Combate ao Racismo Estrutural é uma política pública que vai incidir na formação de professores e na atuação das escolas da cidade de modo que se passe a formar pessoas não racistas. A Expo Internacional da Consciência Negra é parte disso, pois acontece para dar visibilidade à pauta antirracista desenvolvida em São Paulo”, pontuou a secretária Marta Suplicy.
De acordo com a secretária, “São Paulo tem de dar o exemplo para o país e para outras cidades do mundo, pois sendo baluarte da luta antirracista vai deixar um real legado às futuras gerações para que vivam com mais respeito à diversidade”.
Para Adriana Vasconceloos, o objetivo da Expo é educar, sensibilizar e convidar a população para a transformação.
“Trouxemos o carnaval, que é um assunto denso. A ideia é que todos estejam nesse evento e que façam uma viagem, para que saiam transformados. Vamos mostrar que o continente africano não é só pobreza, doença”, enfatizou.
CEOs
Participaram da reunião os CEOs Graciela Kumruian Tanaka, diretora executiva de Relacionamento e Integração do Magazine Luiza; Tayara Calina, coordenadora de Políticas Públicas do Ifood; e Natália Paiva, líder de Políticas Públicas para América Latina no Instagram, representando o Facebook. Também estiveram presentes Carolina Dassie, CEO da Hisnek; Theo Van Der Loo, Ceo da Natuscience; Sérgio All, Ceo da Conta Black; Mauricio Pestana, Ceo da Revista Raça; Paulo Borges, Diretor Criativo da São Paulo Fashion Week; e Agnes Sacilotto, Analista de Relações Governamentais do Itaú Unibanco.
“Achei a iniciativa sensacional, porque vai dar ao público acesso a muita informação e conteúdo para, de fato, combater o racismo. Acredito que seja o pontapé inicial, por se tratar de um evento, mas que vai trazer muita educação, cultura e empreendedorismo, ou seja, muita informação justamente para começar a atualizar os conceitos da população”, comentou Luiz Graciela Tanaka, diretora do Magazine Luiza, empresa que ganhou notoriedade com seu programa de trainee direcionado exclusivamente para pessoas negras.
Ellen Andrade, responsável pela área de diversidade e inclusão da Nestlé, parabenizou a Prefeitura pela iniciativa e questionou sobre uma política de continuidade após o evento.
“Tão importante quanto esse marco no mês da Consciência Negra, desse tamanho e magnitude como esse evento, é ter um plano de combate ao racismo depois. Fiquei feliz de ouvir da Adriana, como professora, esse cuidado forte de São Paulo com uma educação antirracista”, disse.
Nesse sentido, Carolina Dassie, CEO da Hisnek – aplicativo que ajuda as empresas identificarem o estado emocional das equipes – pontuou a importância do combate ao racismo para a saúde mental.
“Foi um evento muito completo, principalmente, por ser todo interativo e fazer com que as pessoas sintam a história e entendam exatamente a importância desse racismo estrutural ser quebrado. E eu fiquei muito contente, acima de tudo, por não ser um evento isolado e que tem muita educação sendo envolvida, que as crianças nas escolas públicas estão sendo envolvidas”, pontuou.
Marcelo Miguel Arruda da Costa, diretor executivo da Diversidade, enfatizou que essa será uma oportunidade de criar estratégias e oportunidades anuais para que o negro seja valorizado e tenha a equidade racial. ”A nossa startup tem 20 bilhões de combinações, nós vamos estar lá com um stand onde pretendemos cadastrar todos os empreendedores e ser um banco de oportunidades para quem quiser conversar com algum empreendedor negro, que saiba o que ele faz, onde ele faz a área que atua de uma maneira extremamente simples e através de tecnologia”, contou.
Representações
O cônsul geral da Alemanha em São Paulo, Thomas Schmitt, disse que, no início do ano, foi recebido na Prefeitura pela secretária Marta Suplicy. Na ocasião, conversaram sobre os projetos prioritários da gestão, dentre eles a proposta de instituir uma política pública de combate ao racismo estrutural.
“É muito importante este contato que estamos tendo, pois vamos identificando os valores comuns. Já apoiamos iniciativas que consideramos de relevância na pauta de direitos humanos. Um exemplo que dou é junto a uma ONG: agimos na proteção de mulheres transexuais negras. Aqui venho, portanto, com muita curiosidade para conhecer como ficou a proposta da política pública da Prefeitura e para ouvir mais sobre a exposição”, afirmou Schmitt.
O cônsul geral da Espanha, Miguel Villén, também falou sobre a importância de a Prefeitura dar mais conhecimento sobre a política pública e trabalhar a divulgação da I Expo Internacional da Consciência Negra nos contatos com corpos consulares: “Podemos divulgar o evento”, comentou.
Júlio Antônio Aponto, presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços da Guiné-Bissau destacou a importância de o evento voltar-se para a questão da história: “A Expo está voltada para a origem de alguns trabalhos que na verdade foram começados na África. Vi que estão tentando resgatar essas histórias e no final mostrar o que não é apenas de um caráter cultural, mas promover a sensibilização como uma questão de luta no combate ao racismo”, explicou.
Serviço:
1ª Expo Internacional da Consciência Negra
Quando: 20, 21 e 22 de novembro para o público; no dia 22 de novembro, também, visitações escolares.
Onde: Pavilhão 10 do Anhembi (Av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana, São Paulo)