Etec Jaraguá desenvolve projetos tecnológicos para área da saúde
Alunos são orientados a direcionar seus TCCs para problemas reais ou para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que integram a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas
- Data: 02/09/2021 11:09
- Alterado: 02/09/2021 11:09
- Autor: Redação
- Fonte: CPS
Braço robótico é usado para auxiliar nos processos de reabilitação e fisioterapia de crianças
Crédito:Divulgação
Dois projetos desenvolvidos por estudantes da Escola Técnica Estadual (Etec) Jaraguá, localizada na zona norte da Capital, têm potencial para melhorar a saúde e o bem-estar de crianças e idosos, assim como de suas famílias. As tecnologias foram criadas como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) dos alunos do curso técnico de Eletrotécnica integrado ao Ensino Médio no último semestre.
Um deles é o braço robótico para auxiliar nos processos de reabilitação e fisioterapia de crianças. O equipamento é comandado por sensores inerciais instalados numa luva que será vestida pela criança. Na medida em que ela tenta fazer os movimentos sugeridos pelo profissional de fisioterapia, o braço robótico se movimenta reproduzindo tarefas lúdicas, que tornam a terapia mais atraente.
“Durante a pesquisa descobrimos que crianças com paralisia infantil, por exemplo, precisam de maior estímulo visual para se engajar nos exercícios de reabilitação”, explica um dos estudantes autores do projeto, Elias da Silva. “Entendemos que a robótica seria um incentivo para as crianças participarem da fisioterapia.” Gustavo de França e João Trindade foram colegas de Elias no TCC.
O segundo projeto é uma pulseira para localizar idosos diagnosticados com o Mal de Alzheimer. “A ideia surgiu de um conhecido do nosso orientador cujo pai sofre da doença. Com o isolamento por conta da pandemia, o idoso começou a ficar impaciente e fugir de casa, deixando a família preocupada”, afirma Vinícius Ribeiro, um dos desenvolvedores, ao lado de Pedro de Moura e Wilson Bandeira Júnior.
A pulseira é equipada com um dispositivo GPS, que se comunica com um aplicativo instalado no celular do familiar ou cuidador responsável pelo idoso. “Nós sempre orientamos nossos alunos para que os trabalhos sejam baseados em um problema real ou inspirados em um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que integram a Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)”, diz o professor orientador de ambos os projetos, Jean Nascimento.
Tanto o braço robótico quanto a pulseira de localização estão classificados para a Bragantec, feira de ciência e tecnologia promovida pelo Instituto Federal de São Paulo – Campus Bragança Paulista, que começa em 13 de setembro – confira mais informações sobre o evento aqui.