Estudo aponta que cachorros não identificam faces humanas
Pesquisa aponta que cérebro do animal não processa diferença entre a frente e a traseira de uma cabeça; cachorros tem outros mecanismos para identificar seus amigos
- Data: 06/10/2020 11:10
- Alterado: 06/10/2020 11:10
- Autor: Redação
- Fonte: The Guardian
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Os donos com certeza amam todas as expressões faciais e os jeitos que seus cachorros demonstram amor por eles. Mas, apesar de todos esses fatores, pesquisadores descobriram que, ao contrário dos humanos, cachorros não têm as regiões do cérebro responsáveis pela diferenciação de faces
A pesquisa divulgada pelo “Journal of Neuroscience” estudou e escaneou o cérebro de 20 famílias diferentes de cachorros, incluindo labradores e bordercollies. Para esses animais foram mostradas imagens de diferentes raças de cachorros e humanos.
A equipe descobriu que algumas regiões da cabeça dos animais mostram diferente atividade dependendo da espécie mostrada, com grande atividade quando os cachorros veem outros cachorros. Entretanto, o estudo não encontrou diferença em nenhuma região cerebral quando foi mostrado humanos e cachorros de frente ou de costas.
O Dr. Attila Andics, co-autor do estudo, foi entrevistado pelo jornal britânico “The Guardian”. “É incrível o que os cachorros fazendo quando se diz a respeito de ler emoções nas faces, apesar do fato de eles não terem sido desenvolvidos para focar nelas (nas faces)”.
Em contraste, regiões do cérebro humano mostraram diferença nas atividades quando visto a cabeça de frente ou de trás, com as faces geralmente gerando uma resposta mais forte. Uma pequena porção dessas regiões mostrou que a resposta também é mais forte quando humanos veem outros humanos, em comparação com outras espécies.
De acordo com a pesquisa, cachorros confiam pouco nas faces dos seus donos e descobrem quem seus amigos são a partir de outros fatores, como o cheiro. Nada no estudo sugeriu que cachorros processam e diferenciam vozes.