Estúdios de gravação das Fábricas de Cultura completam 5 anos

Espaços oferecem suporte à formação, gravação, mixagem e distribuição de trabalhos musicais de diversos artistas, principalmente os que vivem nas periferias da capital e região

  • Data: 16/12/2020 10:12
  • Alterado: 16/12/2020 10:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Fábrica de Cultura
Estúdios de gravação das Fábricas de Cultura completam 5 anos

Equipamentos - Estúdio Capão Redondo

Crédito:Divulgação

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Os estúdios de gravação das Fábricas de Cultura das zonas norte e sul de São Paulo – programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis – completam 5 anos com cerca de 20 mil pessoas atendidas até 2019. Devido à pandemia de Covid-19, os atendimentos dos estúdios foram suspensos em 17 de março/2020 e continuam dessa forma para combater a proliferação do novo coronavírus. 

Inaugurados em 2015, os estúdios das Fábricas de Cultura Brasilândia, Capão Redondo, Jaçanã, Jardim São Luís e Vila Nova Cachoeirinha atendem cerca de cinco mil pessoas por ano, desde músicos amadores, artistas independentes, aprendizes dos ateliês e trilhas formativas do programa cultural voltado para as periferias da cidade e região metropolitana de São Paulo. 

Desde a inauguração, diversas ações e artistas de destaque utilizaram esses espaços:

–  Lançamento de 10 coletâneas de temas distintos, formadas por músicas gravadas nos estúdios das Fábricas de Cultura das regiões norte e sul de São Paulo e distribuídas a partir de 2017 pela Tratore, parceira do programa;

–  Lançamento do álbum “Ar da Liberdade”, em 2018, com músicas gravadas por jovens em privação de liberdade, realizado em parceria com o Projeto Guri e a Fundação CASA;

–  Diferentes artistas de destaque já gravaram nos estúdios das Fábricas de Cultura: Luedji Luna, Ana Cacimba, Harlley (Quebrada Queer), Jup do Bairro, Apolo, Banda Nã, Cacau e Gabriela Kivitz do hit “Jogadeira”, destaque na Copa do Mundo de Futebol Feminino 2019, Claudinho de Oliveira (ex-Soweto), Edgar, Kátya Teixeira, Luiz Celestino, Maria Beraldo, Mariá Portugal, Maurício Pereira, Netão, Paulo Bira, Prettos, Projeto Guri, São Yantó, Sérgio Vaz, Socorro Lira, Tintapreta, Tom Zé, Uma Luiza Pessoa, entre outros.

Os estúdios oferecem toda a estrutura profissional para a gravação, edição e mixagem de áudio, incluindo salas com tratamento e isolamento acústico, computadores com softwares de áudio, mesas de som, monitores de áudio, microfones, fones de ouvido, bateria, amplificadores e cabeamento. O público atendido precisa levar os próprios instrumentos musicais e itens pessoais, como guitarra, baixo, pedais, pratos de bateria e os cabos de seus instrumentos. Cada estúdio conta com dois técnicos (as) de áudio especializados para realizar os atendimentos de gravação e mixagem de áudio.

Projetos 

Além de possibilitar que músicos, aprendizes e frequentadores do programa tenham contato direto com uma estrutura profissional para captar e finalizar suas composições, os estúdios das Fábricas de Cultura desenvolveram uma parceria com a distribuidora musical Tratore, permitindo que artistas interessados  distribuam suas faixas nas principais plataformas digitais de música do mundo, sem a cobrança das taxas de cadastro.

Os estúdios também contribuem para a profissionalização, oferecendo formações para músicos, produtores, coletivos, empresários e demais expoentes do mercado musical que atuam, sobretudo, nas regiões onde as Fábricas de Cultura estão localizadas. Artistas das periferias realizam atividades com nomes de referência de diversos setores da indústria da música, o que possibilita um intercâmbio entre o conhecimento da cultura independente e o conhecimento mercadológico, favorecendo a troca de experiência, oportunidades e a criação de redes. Estas atividades seguem ocorrendo e, no ano de 2020, foram oferecidas de forma virtual. 

Por exemplo, o Atalhos Sonoros, projeto realizado pelas Fábricas de Cultura e a Tratore; e a SIM Transforma, fruto de uma parceria com a Semana Internacional de Música de São Paulo – SIM São Paulo.

Destaque também para ações como:

–  Estúdio Móvel, um tipo de estúdio portátil por onde as equipes técnicas dos estúdios realizam a captação de áudio de apresentações musicais e outras atividades das Fábricas de Cultura;

–  Mapeamento e fortalecimento de redes com produtores musicais, estúdios e home studios localizados nas periferias onde as Fábricas estão inseridas;

–  Realização de oficinas, encontros de produtores e demais atividades por meio do contato com agentes musicais locais.

Coletâneas e Playlists

Para quem quer ouvir algumas das faixas gravadas nos estúdios, as Fábricas de Cultura também disponibilizam playlists e coletâneas musicais que podem ser acessadas gratuitamente nas plataformas de streaming SoundCloud e Spotify.

As dez coletâneas das Fábricas de Cultura, lançadas em parceria com a Tratore, podem ser acessadas no link http://www.fabricasdecultura.org.br/tratore/. No SoundCloud – https://soundcloud.com/fabricasdecultura/sets – há cinco playlists com músicas e podcasts dos estúdios das Fábricas, incluindo faixas gravadas por artistas independentes e por aprendizes das unidades, além de outras três playlists com faixas e podcasts produzidos por outras equipes do programa. As Fábricas também disponibilizam playlists no Spotfy – https://open.spotify.com/user/fabricasdecultura – incluindo uma playlist com músicas gravadas nos estúdios das Fábricas e doze playlists que reúnem músicas de artistas já consagrados, organizadas em temáticas como Onde estamos – os bairros das Fábricas de Cultura, que traz grupos como Racionais MC’s, Fundo de Quintal e RZO.

Murilo Muraah, analista de articulação e difusão das Fábricas de Cultura da zona norte e sul de São Paulo, inclusive unidade Diadema, aponta a diferença entre coletânea e playlist: enquanto a primeira é um álbum formado por músicas de diferentes artistas ou canções de diferentes álbuns de um mesmo artista ou banda, não sendo modificada após seu lançamento, que pode ser virtual ou em mídias como CD e LP, a segunda é uma  lista mutável de execução de faixas escolhidas pelo usuário de uma plataforma digital, podendo ser criada por qualquer pessoa ou por organizações, empresas, programas etc.

SERVIÇO

Fábrica de Cultura Brasilândia

Avenida General Penha Brasil, 2508  | Telefone: (11) 3859-2300

Fábrica de Cultura Capão Redondo

Rua Bacia de São Francisco, s/n | Telefone: (11) 5822-5240 

Fábrica de Cultura Diadema

Rua Vereador Gustavo Sonnewend Netto, 135 – Centro – Diadema/SP | Telefone: (11) 4061-3180 

Fábrica de Cultura Jaçanã

Entrada 1: Rua Raimundo Eduardo da Silva, 138 | Entrada 2: Rua Albuquerque de Almeida, 360 | Telefone: (11) 2249-8010 

Fábrica de Cultura Jardim São Luís

Rua Antônio Ramos Rosa, 651 | Telefone: (11) 5510-5530 

Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha

Rua Franklin do Amaral, 1575 | Telefone: (11) 2233-9270 

Acessibilidade: as Fábricas de Cultura Vila Nova Cachoeirinha, Brasilândia, Jaçanã, Capão Redondo, Jardim São Luís e Diadema oferecem rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, elevador, sanitários acessíveis, piso táctil, equipamentos que permitem a leitura para pessoas com deficiência visual e motora, impressoras braile, leitor de audiobooks e acervo com mais de 110 exemplares em braille (livros e áudio-books). 

E-mail: [email protected]

Funcionamento das unidades da zona sul e norte de São Paulo: de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, apenas para turmas de aprendizes matriculados em parte dos ateliês e trilhas formativas que retornaram de forma presencial. Bibliotecas também funcionam em períodos reduzidos, de terça a sexta-feira, das ficam abertas das 10h às 16h, especificamente para devolução e renovação do empréstimo de livros, além do laboratório de pesquisa com computadores organizados na distância de 1,5m e disponíveis no período máximo de 45 minutos para cada pessoa interessada.

Entre os dias 19 de dezembro de 2020 e 4 de janeiro de 2021, as unidades dessas Fábricas de Cultura estarão fechadas/recesso.

A unidade de Diadema continua fechada até mesmo para os aprendizes, que seguem suas formações por plataformas virtuais.

Devido à pandemia da Covid-19, a programação cultural vem ocorrendo de forma on-line. Todas as atividades são gratuitas. Saiba mais em http://poiesis.org.br/maiscultura/ e www.fabricasdecultura.org.br

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Crédito:Divulgação Equipamentos - Estúdio Capão Redondo

  • Data: 16/12/2020 10:12
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