Estudantes e professores da Unicid doam mais de 400 kits de ensino para escolas públicas
Programa Residência Pedagógica produziu materiais de alfabetização para crianças do 1º e 2º ano das escolas públicas estaduais Orlando Silva e Glycério de Freitas
- Data: 25/08/2021 11:08
- Alterado: 25/08/2021 11:08
- Autor: Redação
- Fonte: Unicid
Programa Residência Pedagógica produziu materiais de alfabetização para crianças do 1º e 2º ano das escolas públicas estaduais
Crédito:Unicid
Com o objetivo de minimizar as dificuldades encontradas por professores e escolas públicas, durante o período da pandemia, principalmente pela limitação de acesso à internet por parte dos alunos, o Programa Residência Pedagógica da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), instituição que integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, entregará nos dias 25 e 26 de agosto, 411 kits de alfabetização para auxiliar nos processos de ensino desses educandos.
Neste ano, a ação do projeto de alfabetização conta com 120 alunos desenvolvendo atividades junto as duas escolas públicas estaduais, localizadas na Zona Leste de São Paulo, E.E. Orlando Silva e E.E. Dr. Francisco Glycério de Freitas, sob coordenação da professora de Pedagogia da Unicid, Luciene Diniz, que também é a idealizadora da iniciativa de alfabetização.
Os kits contem cinco atividades de aprendizagem, sendo elas Alfabeto Móvel, Quebra-Cabeça, Rolinho de palavras, Dominó e Bingo, e foram elaborados manualmente pelos alunos do curso de pedagogia com materiais recicláveis.
“Para elaboração desses kits realizamos sondagens e, posteriormente, um levantamento nessas escolas, que apontaram dificuldades das crianças com leitura, formação e escrita de algumas palavras, sílabas, e na alfabetização como um todo. E com esse diagnóstico pensamos em atividades que seriam interessantes e importantes para auxiliar essas professoras durante a prática do ensino, pois ficou ainda mais difícil educar na realidade que estamos vivendo”, explica a professora de Pedagogia Luciene.
O processo de avaliação e sondagem com as escolas apontaram as dificuldades que as professoras das crianças do primeiro e segundo ano estão enfrentando na alfabetização. “Durante os relatos muitas sinalizaram que estavam acostumadas com o contato com a criança, explicar, falar, e agora, não tem nem acesso a esses alunos. Outro ponto destacado, é que tiveram que ir para uma área tecnológica que também tinham dificuldade tanto no lidar com essa tecnologia, como para criar um material de ensino”, enfatiza a coordenadora do projeto.
Por meio dessa problemática descoberta em que as professoras não conseguiam encontrar um material que fosse atraente para ensinar as crianças neste momento de pandemia, os alunos do curso de pedagogia tiveram a ideia de desenvolver um kit físico, com brinquedo e jogos, que as crianças pudessem levar para casa e as docentes trabalhassem com as atividades educacionais com uma linguagem lúdica.
“As atividades são bem direcionadas, pensando nos desafios deste período. Não é um jogo pelo jogo. É uma ideia que envolve a criança por meio do universo lúdico. Os kits foram montados como um material didático mesmo para a criança aprender algo e conseguir superar suas dificuldades”, enfatiza a professora Luciene.
Além de beneficiar tantas crianças em seus processos de alfabetização, o projeto criou uma rede de apoio, com um trabalho forte de responsabilidade social e o exercício de atividades práticas aos alunos do curso de Pedagogia.
“O PRP permite a inserção dos estudantes mediante o desenvolvimento de atividades de pesquisa e de práticas de ensino inovadoras que contribuem para a melhoria do ensino na Educação Básica e propiciam uma vivência prática do cotidiano profissional docente”, aponta a coordenadora institucional do PRP, Profa. Dra. Maria Heloisa Aguiar da Silva.
Contemplados por uma bolsa do Governo Federal, o Programa Residência Pedagógica existe desde 2018 na instituição, e consiste em parcerias entre escolas públicas de ensino básico e universidades para que alunos de licenciatura tenham a experiência e as vivências práticas ao longo de 18 meses.
“Antes da pandemia os alunos de licenciatura do Programa Residência Pedagógica estagiavam presencialmente nessas escolas, e neste ano, repensamos e chegamos a uma nova forma de continuar contribuindo com o desenvolvimento dessas crianças. Estimulamos nossos estudantes a desenvolverem novas formas de aprendizado, e chegamos na elaboração de materiais que ajudassem as professoras a ensinar mesmo à distância”, finaliza a coordenadora institucional do Programa Residência Pedagógica e professora, Maria Heloisa.