Estudante de medicina é morto por policial em hotel na Vila Mariana
SSP informou que os policiais envolvidos foram afastados de suas funções operacionais enquanto as investigações prosseguem
- Data: 20/11/2024 16:11
- Alterado: 20/11/2024 16:11
- Autor: Redação
- Fonte: globo.com
Crédito:Reprodução
Na madrugada desta quarta-feira, 20 de novembro, um trágico incidente resultou na morte de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina da Universidade Anhembi Morumbi. O jovem de 22 anos foi fatalmente atingido por um disparo de arma de fogo efetuado por um policial militar na escadaria de um hotel situado na Rua Cubatão, Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo. O ocorrido foi registrado por câmeras de segurança do local.
Em resposta ao incidente, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado informou que os policiais envolvidos foram afastados de suas funções operacionais enquanto as investigações prosseguem. Segundo relatos, os oficiais Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado estavam em patrulhamento no bairro quando se envolveram na ação que culminou com a morte do estudante.
De acordo com o boletim de ocorrência, Marco Aurélio teria danificado o retrovisor da viatura policial antes de correr em direção ao Hotel Flor da Vila Mariana, onde estava hospedado com uma mulher. Os agentes afirmaram que o jovem apresentava comportamento alterado e agressivo no momento da abordagem. Durante a perseguição, Marco Aurélio entrou no saguão do hotel sem camisa e foi seguido pelos policiais. As imagens capturadas mostram um dos agentes tentando puxá-lo pelo braço e o outro desferindo um chute, antes que o disparo fosse efetuado.
Os policiais alegaram que o estudante tentou pegar a arma de um deles durante a confusão. Após ser baleado no peito, Marco Aurélio foi levado para o Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos após duas paradas cardiorrespiratórias e uma tentativa de cirurgia, falecendo às 6h40.
O caso foi registrado pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como decorrente de intervenção policial e resistência. Curiosamente, as câmeras corporais dos policiais não estavam ativadas no momento do confronto, fato registrado no boletim.
A SSP reiterou que tanto a Polícia Civil quanto a Militar estão investigando as circunstâncias do ocorrido. A arma utilizada no disparo foi apreendida para perícia, e as imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo DHPP.
Procurado para comentar o episódio, o hotel onde ocorreu o incidente optou por não se manifestar sobre o assunto.