Estado de São Paulo melhora índices no ensino público fundamental e médio
O Estado de São Paulo voltou a crescer no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e lidera os rankins de Português e Matemática no ensino fundamental público (6º ao 9º) em 2019
- Data: 16/09/2020 13:09
- Alterado: 16/09/2020 13:09
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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No ensino médio estadual, depois de ter piorado na última edição, registrou as mais altas notas paulistas em Português e Matemática desde 2005, mas manteve-se no mesmo quarto lugar na lista nacional e não atingiu a meta para a etapa. No Ideb da rede particular, São Paulo não fica em primeiro em nenhum dos três rankings. Escolas privadas de Minas e Espírito Santo estão à frente.
Em 2017, na divulgação anterior do Ideb, a nota de São Paulo do ensino médio público caiu de 3,9 para 3,8. Agora foi para 4,3, um crescimento de 13%. No entanto, os paulistas não atingiram a meta estipulada pelo MEC, de 4,9. Nos anos finais do ensino fundamental público (6º ao 9º) as notas de Português e Matemática também foram as mais altas desde 2005 e o Estado pulou da quarta colocação para a primeira em 2019, empatado com o Ceará. Mas o Estado nordestino alcançou seu objetivo. As metas são feitas pelo MEC de acordo com a situação local, para que haja evolução em cada contexto. São consideradas as notas das redes estaduais e municipais dos Estados. Entre as crianças menores, de 1º ao 5º ano, as redes públicas paulistas mantiveram o desempenho da última edição, 6,5, mas atingiram a meta do ano.
O secretário estadual de São Paulo, Rossieli Soares, disse que o Estado “corrigiu a trajetória” e teve bons resultados. Sobre o fato de não ter atingido as metas tanto no ensino médio quanto nos anos finais do fundamental, ele diz que esses objetivos foram calculados há muitos anos e não havia um histórico de quanto um Estado poderia crescer. As metas foram criadas em 2005 pelo governo Lula. “Um crescimento linear não é possível, apesar dessas metas serem, sim, importantes”, diz o ex-ministro da Educação na gestão Temer.
Rede particular
Entre as redes privadas do País, Minas, Espírito Santo e Santa Catarina se revezam entre as primeiras colocações dos três rankings. São Paulo aparece na terceira colocação dos anos iniciais e finais do ensino fundamental. No médio, está na quarta posição.
Apesar de terem notas mais altas, entre 6 e 8, no Ideb, as redes privadas raramente atingiram as metas para 2019 nos Estados. Especialistas explicam que é mais difícil crescer quando se está em um patamar mais elevado, mas mesmo assim as notas das privadas têm se mostrado quase estagnadas. No relatório divulgado pelo MEC ontem, é destacado o fato de ter diminuído a distância de desempenho entre as duas redes ao longo dos anos de Ideb.
Credita-se também à não evolução das particulares o fato de a população usar o Ideb para cobrar melhorias nas escolas públicas. Já os pais de escolas privadas preocupam-se com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Dessa forma, as escolas pouco se dedicam ao Saeb, que compõe o Ideb.