Espetáculos do Festival vencem cinco categorias do prêmio Shell
Peça "Cárcere" venceu Melhor Dramaturgia e Melhor Música. Pela primeira vez na história, uma intérprete transexual foi escolhida como Melhor Atriz
- Data: 22/03/2023 15:03
- Alterado: 22/03/2023 15:03
- Autor: Redação
- Fonte: Festival de Curitiba
Verónica Valenttino venceu o prêmio de Melhor Atriz por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”
Crédito:Divulgação
Verónica Valenttino venceu o prêmio de Melhor Atriz por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”.Em sua 33ª edição, o Prêmio Shell, o mais importante do teatro brasileiro, entregou nada menos do que cinco estatuetas para espetáculos que estão na programação deste ano do Festival de Curitiba.
De maneira inédita, a cerimônia, que aconteceu na noite de terça-feira, 21, contemplou conjuntamente Rio e São Paulo, cada estado com seu júri e uma lista própria de vencedores.
Com os votos de São Paulo, Verónica Valenttino venceu a categoria de Melhor Atriz, por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”, musical que conta a história da travesti que lutou pelos direitos LGBTQIA+ durante a epidemia de aids nos anos 1980. Foi a primeira vez que o Prêmio Shell laureou uma intérprete transexual.
A distinção de Melhor Dramaturgia foi para Dione Carlos, que assina o texto de “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”. O espetáculo também levou o galardão de Melhor Música, para os compositores Alisson Amador, Amanda Abá, Denise Oliveira e Jennifer Cardoso.
Pelo Júri do Rio de Janeiro, a consagrada Vera Holtz venceu como Melhor Atriz, por sua atuação em “Ficções”, baseada no livro “Sapiens – Uma Breve História da Humanidade”, de Yuval Noah Harari.
Já “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes” venceu Melhor Cenografia, para André Curti e Artur Luanda Ribeiro.
A peça “Sem Palavras”, que esteve em cartaz no Festival de Curitiba em 2022, também levou uma estatueta: o prêmio de Melhor Dramaturgia, escolhida pelo Júri de São Paulo. O texto é assinado por Marcio Abreu e Nadja Naira. O elenco conta com a atriz curitibana Giovana Soar, que atualmente faz parte do trio de curadores do Festival.