Espetáculo ‘Maré’, do Rio Grande do Norte, chega ao Festival Acessibilidança
Exibida em vídeo com audiodescrição e Libras, montagem é um dos 25 projetos contemplados em edital da Funarte
- Data: 09/08/2021 09:08
- Alterado: 09/08/2021 09:08
- Autor: Redação
- Fonte: Fundação Nacional de Artes
Espetáculo Maré
Crédito:Brunno Martins / Divulgação
A Fundação Nacional de Artes apresenta, na próxima quarta-feira, dia 11 de agosto, às 20h, o espetáculo Maré – Versão virtual e acessível, do Rio Grande do Norte. A obra coreográfica do Coletivo Independente Dependente de Artistas (CIDA) integra o Festival Funarte Acessibilidança. A montagem é uma metáfora dançada sobre os diversos níveis e intensidades do amor e traz, ainda, questões sobre gênero, raça, alteridade, capacitismo e violência. A exibição em vídeo, gratuita e com audiodescrição e Libras, será realizada no canal da Funarte no YouTube. O público pode conferir os lançamentos e montagens disponíveis em: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca.
Maré é um dos 25 projetos contemplados pelo Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020, que serão apresentados até outubro. A terceira fase da programação traz sete espetáculos da Região Nordeste. Estado de Apneia, do Rio Grande do Norte, e Ensaio sobre o Silêncio, de Pernambuco, já estão na plataforma de vídeos. A agenda continua no dia 18, com o espetáculo Rio sem Margem, da Bahia; e, no dia 25, com Plenitude, do Piauí. Em setembro, entram em cartaz: Ah, se eu fosse Marilyn!, da Bahia, no dia 1º; e Proibindo Elefantes, do Rio Grande do Norte, no dia 8. O festival teve início em junho, com espetáculos da Região Norte. No mês de julho, foi a vez da Região Sul mostrar os seus talentos.
O espetáculo Maré – Versão virtual e acessível foi criado em 2017 e remontado em 2021, como uma obra audiovisual em dança com recursos de acessibilidade. Desde seu início, Maré já teve diferentes roupagens e formatos: solo, dueto, intervenção urbana, versão compartilhada e, agora, a versão virtual e acessível. “Acreditamos na acessibilidade enquanto viés criativo, enquanto via de acesso, enquanto obrigação mínima para/com/da sociedade. Somos, assumidamente, um núcleo artístico formado por pessoas com e sem deficiências, e, por isso, a acessibilidade é algo intrínseco em nosso trabalho”, ressalta o coletivo.
Além de interpretação em Libras, o espetáculo conta com um trabalho de audiodescrição pensado especialmente para ele, como uma espécie de poema. “Acho que, com isso, a gente conseguiu criar uma camada a mais para o público vidente e não vidente, de uma nova construção em dança”, aposta o coreógrafo e diretor René Loui, que acrescenta: “Sempre fomos um núcleo que pesquisa a diversidade dos corpos. Para a gente, acessibilidade e inclusão sempre estão juntas”. René Loui divide as funções de direção e coreografia com a bailarina Rozeane Oliveira, além de contar com a participação ativa de todo coletivo no processo de criação.
Tomado pelas sensações e possibilidades provocadas pelo momento atual, o CIDA compôs o espetáculo com imagens da performance registradas no palco tradicional e imagens gravadas em frente ao mar. A proposta de mesclar os dois ambientes buscou apontar o que eles representam hoje: a vontade de ir para as ruas e a de voltar aos palcos. Pensada inicialmente para os palcos presenciais, a obra ganhou uma nova produção, voltada para o audiovisual. “Com a chegada da pandemia, tivemos que repensar o nosso modo de trabalho. A gente não tinha intimidade com o audiovisual, mas acabamos nos aproximando de pessoas da área e estamos agora trabalhando juntos neste novo modo de pensar a dança”, explica René Loui.
Sobre o Coletivo Independente Dependente de Artistas (CIDA)
Fundado em 2016, pelos artistas Arthur Moura, René Loui e Rozeane Oliveira, o CIDA surgiu com a perspectiva de somar as forças desses jovens artistas, que ao longo de suas carreiras individuais obtiveram destaque no cenário nacional e internacional de dança contemporânea. Pela produção experimental e inclusiva, o coletivo é considerado um dos principais grupos de dança do Rio Grande do Norte.
Cida é um núcleo artístico de dança contemporânea e performance, formado por jovens artistas negros, com e sem deficiências, oriundos das mais diversas regiões do Brasil e radicados na cidade de Natal (RN). Um dos objetivos do coletivo é a profissionalização desses artistas e a promoção de suas subsistências por meio da dança.
O Coletivo Independente Dependente de Artistas já se apresentou em cerca de quinze cidades do Rio Grande do Norte, em dez estados brasileiros e esteve presente em países como Equador, França, Portugal, Suíça e Índia. O CIDA dispõe de uma sede, chamada Casa Tomada, na Zona Sul de Natal. O local abriga um espaço cultural alternativo para artistas independentes locais e, também, recebe artistas das mais diversas regiões, nacionalidades e linguagens de trabalho para troca de experiências.
Espetáculo Maré – Versão virtual e acessível, do Coletivo CIDA (Rio Grande do Norte)
Dia 11 de agosto, quarta-feira, às 20h
Agenda dos contemplados da Região Nordeste
Dia 18 de agosto, quarta-feira, às 20h
Montagem Rio sem Margem, do coreógrafo e bailarino Elísio Pitta (Bahia)
Dia 25 de agosto, quarta-feira, às 20h
Espetáculo Plenitude, da Cia. de Dança Eficiente (Piauí)
Dia 1º de setembro, quarta-feira, às 20h
Montagem Ah, se eu fosse Marilyn!, do diretor, coreógrafo e dançarino Edu O. (Bahia)
Dia 8 de setembro, quarta-feira, às 20h
Espetáculo Proibido Elefantes, da Companhia Giradança (Rio Grande do Norte)
Agenda dos contemplados das demais regiões
Região Centro-Oeste – Dia 15 de setembro
Região Sudeste – Dia 13 de outubro
Região Norte (espetáculos já disponíveis): Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (TO); Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (RO); e Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (AM)
Região Sul (espetáculos já disponíveis): Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (RS); Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (SC); e Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (PR)
Região Nordeste (espetáculos já disponíveis): Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (RN) e Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (PE)
Os vídeos ficam disponíveis no canal da Funarte no YouTube após a exibição
Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte | Centro de Artes Cênicas | Coordenação de Dança