Especialista alerta sobre a qualidade do descanso na terceira idade
Dados apontam que distúrbios do sono afetam até 72% dos idosos brasileiros e impactam a saúde física e mental
- Data: 13/03/2025 10:03
- Alterado: 13/03/2025 10:03
- Autor: Redação
- Fonte: Dra. Rosmary Arias
O sono é essencial para a saúde em todas as fases da vida, mas seu papel se torna ainda mais crítico à medida que envelhecemos. No Brasil, estudos indicam que até 72% dos idosos sofrem com distúrbios do sono, como insônia e apneia, comprometendo não apenas o descanso, mas também a qualidade de vida e o bem-estar geral. Especialistas alertam que noites mal dormidas podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares, depressão, declínio cognitivo e quedas, que são uma das principais causas de hospitalização entre idosos no país. A presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia de São Paulo (SBGG-SP), Dra. Rosmary Arias, reforça a importância de uma boa higiene do sono na terceira idade. “Muitas vezes, os distúrbios do sono são negligenciados porque se acredita que dormir mal faz parte do envelhecimento. No entanto, a privação do sono ou um descanso de baixa qualidade podem acelerar o declínio cognitivo e aumentar a vulnerabilidade a diversas doenças crônicas. Identificar e tratar essas alterações é essencial para promover um envelhecimento saudável”, destaca.
A privação de sono está diretamente associada a problemas de saúde comuns na terceira idade, incluindo maior risco de doenças cardiovasculares, já que estudos indicam que dormir menos de seis horas por noite pode elevar as chances de hipertensão e infarto. Além disso, a falta de sono reparador compromete a consolidação da memória e pode acelerar doenças como o Alzheimer. O cansaço diurno e a desregulação do equilíbrio aumentam o risco de quedas e fraturas, que são uma das principais causas de hospitalização entre idosos. A insônia crônica também está ligada a maiores índices de depressão e ansiedade.
De acordo com um levantamento da Fiocruz, 72% dos brasileiros com mais de 60 anos relatam dificuldades para dormir. Além disso, 58% afirmam acordar várias vezes durante a noite, 37% dormem menos de seis horas por noite, 46% relatam sonolência diurna frequente e o ronco e a apneia do sono afetam mais de 40% dos idosos brasileiros. Esses dados ressaltam a importância da atenção à qualidade do sono na população idosa e da adoção de estratégias para melhorar o descanso.
A Dra. Rosmary Arias orienta que algumas mudanças no estilo de vida podem fazer grande diferença na qualidade do sono dos idosos. Entre as principais recomendações estão manter uma rotina regular de horários para dormir e acordar, evitar o uso de telas (celulares e TVs) pelo menos uma hora antes de dormir, criar um ambiente escuro e silencioso no quarto, evitar bebidas estimulantes como café e chá preto no período da noite, praticar atividades físicas regularmente, mas evitar exercícios intensos antes de dormir, e consultar um médico em caso de insônia frequente ou suspeita de apneia do sono. “Promover um sono de qualidade na terceira idade é um dos pilares para um envelhecimento ativo e saudável. Com medidas simples e acompanhamento adequado, é possível melhorar significativamente o descanso dos idosos e, consequentemente, sua qualidade de vida”, finaliza a presidente da SBGG-SP.

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