Espaçonave fará missão de 7 anos ao planeta Mercúrio
Os últimos preparativos para o lançamento da missão conjunta de agências espaciais europeias e japonesas para enviar duas sondas a Mercúrio, estão sendo realizados hoje, 19
- Data: 19/10/2018 14:10
- Alterado: 19/10/2018 14:10
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Reprodução
Um foguete modelo Ariane 5 está programado para colocar a nave BepiColombo em órbita ainda nesta sexta, partindo da Guiana Francesa. Depois disso, a nave iniciará sua jornada de sete anos até o planeta mais misterioso do Sistema Solar.
A Agência Espacial Europeia disse que a missão da BepiColombo, avaliada em cerca de US$ 1,5 bilhão, é uma das mais desafiadoras da História. As temperaturas extremas de Mercúrio, a intensa atração gravitacional do Sol e a radiação solar contribuem para condições infernais.
A espaçonave terá de seguir um caminho elíptico que envolve um sobrevoo da Terra, dois de Vênus e seis do próprio Mercúrio, de modo que ela possa desacelerar o suficiente antes de chegar ao seu destino em dezembro de 2025.
Os propulsores de íons elétricos recentemente desenvolvidos ajudarão a empurrar a espaçonave, que recebeu o nome em homenagem ao cientista italiano Giuseppe “Bepi” Colombo, para a órbita certa.
Quando chegar, a BepiColombo lançará duas sondas – Bepi e Mio – que investigarão de maneira independente a superfície e o campo magnético de Mercúrio. Elas estão equipadas com isolamento especial para lidar com as variações de temperatura – de 430ºC no lado de frente para o Sol e de -180ºC na sombra do planeta.
Cientistas esperam aprimorar as informações obtidas pela sonda Messenger da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa), que encerrou sua missão em 2015 depois de ficar quatro anos na órbita de Mercúrio. A primeira espaçonave a visitar o planeta foi a Mariner 10, da Nasa, que voou pelo planeta em meados da década de 1970.
Mercúrio, que é ligeiramente maior que a Lua da Terra, é o planeta mais próximo do Sol e tem um núcleo de ferro maciço sobre o qual pouco se conhece. Pesquisadores esperam também aprender mais sobre a formação do Sistema Solar a partir dos dados obtidos pela BepiColombo.
Esta é a segunda cooperação mais recente entre europeus e a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa). Recentemente a sonda Hayabusa2, da Jaxa, lançou um robô alemão-francês sobre o asteroide Ryugu.