Escoltas de presos na região de Bauru despencam 86% em 3 anos
Governo do Estado instalou 56 novas salas de teleaudiência em 14 presídios; em 2019, havia apenas uma em toda a região
- Data: 30/05/2022 20:05
- Alterado: 17/08/2023 03:08
- Autor: Redação
- Fonte: Governo do Estado de São Paulo
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Crédito:Freepik
O Governo de São Paulo registrou queda de 86% nas escoltas de presos das 14 unidades prisionais da região de Bauru nos últimos três anos, passando de 897 em 2019 para apenas 125 no ano passado. O resultado foi obtido após investimentos estaduais em tecnologia nos presídios, com a instalação de 56 novas salas de teleaudiências – em 2019, havia apenas uma para toda a região de Bauru.
O número de presos transportados na região de Bauru também teve queda significativa em decorrência da aplicação intensiva das teleaudiências. De acordo com registros da Secretaria de Administração Penitenciária, houve apenas 154 detentos transportados em todo o ano de 2021 na região. A queda foi de 96% na comparação a 2019, quando a região de Bauru registrou 4.203 presos transportados.
Os números da região de Bauru refletem a política pública do Governo de São Paulo para implementação de tecnologia em todo os presídios do estado. O crescimento exponencial do sistema de teleaudiências permitiu redução de 90% nas despesas estaduais com escoltas de detentos por agentes de segurança e policiais militares, em relação ao período pré-pandemia.
Em 2019, eram 39 salas de teleaudiência em todo o sistema prisional paulista, número que saltou para 731 em 2021. Há três anos, o Governo de São Paulo foi responsável por 42.443 escoltas, total que começou a desabar com a expansão da tecnologia. Em 2020, foram 9.609 escoltas, o equivalente a 22,6% do ano anterior. E, no ano passado, houve apenas 3.642 transportes de presos para audiências judiciais, ou apenas 8,5% das escoltas de 2019.
Com menos deslocamentos entre presídios e tribunais, o Estado também reduziu drasticamente as despesas com escoltas. Em 2019, o gasto anual chegou a R$ 16,7 milhões. Um ano depois, caiu para R$ 4,4 milhões, correspondendo a uma economia de 75%. E em 2021, o custo com escoltas foi de apenas R$ 1,7 milhão, o equivalente a pouco mais de 10% do verificado antes da expansão das teleaudiências.
Há ainda outro reflexo positivo da ampliação tecnológica nos presídios paulistas. Com menos escoltas, mais policiais e veículos ficam disponíveis para patrulhamento ostensivo nas cidades. Ao longo de 2019, a Polícia Militar foi responsável por 25,5 mil operações de transporte de presos naquele ano. Em 2020, o número caiu para 4.621, ou apenas 18% do total anterior. E no ano passado, o trabalho da PM foi restrito a 1.367 escoltas, queda de quase 95% na comparação a 2021.