Escola Itaú Cultural abre inscrições para quatro novos cursos

A partir do dia 8 de setembro estão abertas as inscrições para dois novos cursos mediados e outros dois autos formativos da Escola Itaú Cultural, que oferece gratuitamente formações à distância, relacionadas às mais diversas áreas da cultura, para pessoas de todo o país. Em setembro, se mesclam diferentes assuntos e formatos. Nos auto formativos, Economia da Cultura e Histórias do Brasil e das artes, são oferecidos aulas assíncronas, ou seja, gravadas para serem acessadas de acordo com a disponibilidade do aluno em um período de 30 dias. Os outros dois, mediados, Cenas Digitais e mediações tecnológicas e Entreolhares 34ª Bienal, necessitam de acompanhamento simultâneo, no horário e dia determinado de cada aula, junto aos professores. As inscrições devem ser feitas em www.escola.itaucultural.org.br – de 8 a 14 de setembro para o primeiro curso e de 8 a 13 do mesmo mês, o segundo.

Cenas Digitais e mediações tecnológicas

Para este curso são propostos 10 encontros, de 2 de novembro a 2 de dezembro, sempre às terças-feiras e quintas-feiras, das 19h às 22h. Elaborada pelo Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural, a proposta dessa formação é a estruturação de cenas e espetáculos teatrais, que já existem, para serem melhor apresentados nas telas. Ele é voltado para artistas a partir de 18 anos que produziram trabalhos para a web e que gostariam de revisitar suas obras.

Enquanto o teatro presencial ainda não é uma alternativa possível, a mediadora, Janaína Patrocínio, cuja pesquisa dialoga justamente com a estética das imagens digitais, pensa junto com os participantes em maneiras de melhorar e incrementar as peças para apresentação digital.  Serão abordados tanto o uso de dispositivos e tecnologias quanto características estéticas que poderão ser exploradas e incorporadas pelos alunos na elaboração de seus projetos. Este curso não se destina a criar um espetáculo ou conteúdo artístico, mas, sim, para a busca de saídas e a experimentação, quanto ao formato, em cima de projetos já criados. Além das questões técnicas, à reflexão conceitual, que é intrínseca à criação artística contemporânea, também estará presente no decorrer dos encontros.

Economia da cultura: cadeia produtiva, indicadores e desenvolvimento territorial

Este curso do Observatório Itaú Cultural é voltado para gestores, produtores e demais agentes culturais interessados em mergulhar no “economês”, de maneira leve e introdutória.  O curso, auto formativo, tem aulas já gravadas para acesso quando conveniente ao aluno. Ele apresenta conceitos e ferramentas para compreender de modo direto a relação entre cultura e economia, estimulando o aprofundamento da temática e da prática, no uso de indicadores e dados para a tomada de decisão, das cadeias de produção na economia da cultura e dos hábitos de consumo cultural em ambientes híbridos, entre outros assuntos.

Ao todo são quatro aulas ministradas por André Lira, consultor de negócios e inovação nos setores criativos, Cláudia Leitão, doutora em Sociologia pela Sorbonne, sendo consultora em Economia Criativa da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), de 2013 a 2016, Gisele Jordão, professora e coordenadora do curso de cinema e audiovisual da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), e Leandro Valiati, economista, PhD em Desenvolvimento Econômico e pós-doutor em Indústrias Criativas, pela Sorbonne. Os conteúdos são disponibilizados em formatos variados, como apresentação, texto, podcast e vídeo, além de haver indicação de materiais de apoio para aprofundamento dos temas debatidos nas aulas. Este curso faz parte do programa Percurso em produção cultural, que também já possui disponível o módulo sobre Políticas Culturais.

Entreolhares 34ª Bienal

Entreolhares é o programa de formação em artes visuais do Itaú Cultural, iniciado em 2014. Esta edição, em parceria com a 34ª Bienal de São Paulo, tem como proposta, em três encontros, realizados de 25 a 28 de outubro, reunir em cada um deles uma dupla de artistas da mostra, que aparentemente não apresentam afinidades estéticas ou conceituais entre si. Sob o tema Faz escuro mas eu canto essas duplas de artistas serão provocadas a trocar cartas abertas levantando questões que cruzam suas produções com temas da atualidade e da própria Bienal.  

Durante os encontros online, e escritora, jornalista, professora e crítica de arte, Verônica Stigger, que atua como mediadora no curso, vai junto aos artistas, trocar impressões com os alunos sobre esses diálogos e a respeito da própria exposição, que acontece no Parque Ibirapuera até novembro. As correspondências entre os artistas serão o tema do último encontro do curso, que será uma live aberta com os curadores da Bienal, Jacopo Crivelli Visconti e Paulo Miyada, no dia 28 de outubro, às 10h.

Histórias do Brasil e das artes

Este curso é auto formativo, realizado pelo Núcleo de Educação e Relacionamento, e fica gravado integralmente, podendo ser acessado quando melhor convier ao aluno. Nele, diferentes perspectivas de história do brasil e das artes se entrelaçam, tendo como pano de fundo as coleções Brasiliana e Numismática, em exposição permanente no Espaço Olavo Setúbal. Este é o primeiro módulo deste curso, que conta com seis horas de aulas com os professores e outras quatro com materiais extras.

Para pensar nesses temas tão plurais, o time de professores que integram esse curso é formado por indígenas, biólogas, historiadores, entre outros. São eles: Célia Xakriabá, indígena do povo Xakriabá, atualmente doutoranda em Antropologia Social, pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ednéia Gonçalves, que atua como formadora de gestores e professores em organismos internacionais, redes públicas e privadas, sendo também coordenadora executiva adjunta da ONG Ação Educativa.

Também fazem parte Erika Hingst-Zaher, pós-doutora em Zoologia, pela Universidade de São Paulo (USP), Mary Del Priore, historiadora, pós-doutora, pela École des Hautes Études em Sciences Sociales de Paris e autora de mais de 50 livros de história do Brasil, Paulo Camillo Penna, mestre e doutor em artes visuais na  Universidade de São Paulo (USP), coordenador, desde 2006, do Ateliê de Gravura do Museu Lasar Segall, Pedro Puntoni, professor, sócio fundador da Associação Escola da Cidade – Arquitetura e Urbanismo (AEC), membro do International Council of Museums (ICOM), coordenador do Projeto Museubrasil.org, desenvolvido pelo Instituto Brasiliana, em parceria com o Centro de Estudos da Metrópole (Cebrap), Salloma Salomão, músico, ator, professor de ensino básico e superior,  com doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e estágio na Universidade de Lisboa, e Thiago Borazanian, graduado em Artes Visuais, com especialização em psicopedagogia, pela Universidade Anhembi-Morumbi.

SERVIÇO:

Escola Itaú Cultural

Inscrições gratuitas em: escola.itaucultural.org.br

Cursos:

Cenas Digitais e mediações tecnológicas

Período de inscrições: das 9h de 8 de setembro até as 18h do dia 14 do mesmo mês

Aulas: de 2 de novembro a 2 de dezembro, às terças-feiras e quintas-feiras, das 19h às 22h

Vagas: até 25

Economia da cultura

Auto formativo: disponíveis integralmente na plataforma da Escola, podem ser acessadas a qualquer momento, em um período de 30 dias após a inscrição. Não tem limite de vagas.

 Entreolhares 34ª Bienal

Período de inscrições: das 9h de 8 de setembro até as 18h do dia 13 do mesmo mês

Aulas: de 25 a 28 de outubro, segunda-feira a quinta-feira, das 10h às 12h

Vagas: até 80

Histórias do Brasil e das artes

Auto formativo: disponíveis integralmente na plataforma da Escola, podem ser acessadas a qualquer momento, em um período de 30 dias após a inscrição. Não tem limite de vagas.