Erros inatos da imunidade aumentam risco de infecções; FMABC conta com serviço especializado
Condições são causadas por falhas genéticas que reduzem a capacidade de recuperação
- Data: 26/04/2024 09:04
- Alterado: 26/04/2024 09:04
- Autor: Redação
- Fonte: FMABC
Crédito:Reprodução
Durante a última semana de abril celebra-se a conscientização a respeito dos erros inatos de imunidade, também conhecidos como imunodeficiências primárias. São doenças que ocasionam danos no desenvolvimento ou no funcionamento do sistema imunológico. No Grande ABC, 47% dos pacientes atendidos pelo serviço de Imunologia Clínica do Centro Universitário FMABC, em Santo André, possuem um diagnóstico confirmado de erros inatos.
O ambulatório é considerado referência na região em atendimento a problemas no sistema imunológico. Segundo estudo divulgado recentemente, as maiores ocorrências registradas pelo serviço são de casos de angioederma hereditário (AEH), que acomete cerca de 16% dos pacientes da imunologia clínica.
Estima-se que existam aproximadamente 485 defeitos imunológicos registrados, que podem fazer, por exemplo, com que a capacidade do organismo de evitar e se recuperar de infecções seja bastante reduzida. A condição é causada por erros genéticos, que segundo dados das organizações de saúde acometem um em cada 1200 indivíduos.
Segundo a Dra. Anete Grumach, alergista, imunologista e professora do Centro Universitário FMABC, é importante mostrar para a população o que esses defeitos genéticos podem causar, para evitar que as doenças atinjam estados mais graves. “Indivíduos que apresentam infecções frequentes chegam até mesmo a ser hospitalizados. Alguns quadros mais graves podem ser curados quando diagnosticados a tempo”, explica.
A médica também conta que existem alguns sinais para se atentar a respeito das imunodeficiências. “Infecções incomuns, de repetição ou resistentes ao tratamento, alergias graves, doenças autoimunes e até mesmo neoplasias (tumores) costumam ser pontos de alerta para os erros inatos”. Ela ainda cita diarreia crônica de início precoce, déficit de crescimento e febres recorrentes como possíveis pontos de atenção.
A especialista explica ainda que estudos para entender a proporção de cada uma das doenças são importantes para combater os casos. “É preciso conferir o número de casos e aumentar o trabalho de conscientização a respeito dos erros inatos, se possível desde a atenção primária. O perfil de atendimento mostra que muitos casos não são diagnosticados precocemente por falta de suspeita”, explica.