Engenheiro civil explica como funcionam as pontes levadiças
O termo é usado para descrever todos os tipos de pontes móveis, como pontes basculantes e pontes erguidas verticalmente
- Data: 25/07/2022 10:07
- Alterado: 25/07/2022 10:07
- Autor: Redação
- Fonte: Instituto Mauá de Tecnologia
Crédito:Divulgação
Tipicamente associadas às entradas de castelos, as pontes levadiças móveis já estão presentes nas grandes cidades, normalmente para cruzar um rio ou ligar duas cidades ou bairros, além de facilitar a passagem de embarcações por baixo. Geralmente, o mecanismo que faz a ponte ser erguida tem um sistema de contrapeso, responsável por equilibrar grande parte do peso total da estrutura da ponte, e outro sistema ligado diretamente a motores, que possibilitam a ascensão da ponte.
No Brasil, a Ponte do Guaíba, cujo nome oficial é Ponte Getúlio Vargas, é a ponte levadiça mais conhecida, considerada um dos principais cartões-postais de Porto Alegre, que liga a capital ao sul do Estado, na intersecção das rodovias BR-116 e BR-290. Pedro Henrique Cerento de Lyra, mestre e professor do curso de Engenharia Civil do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), explica que, para evitar o acionamento involuntário, as pontes levadiças têm sistemas de segurança.
“Normalmente, são equipadas com um sinal sonoro, para avisar que a ponte vai ser içada, e uma cancela eletrônica, que impede o tráfego. A estrutura da ponte móvel possui os mesmos materiais de uma estrutura comum, e pode ser de aço ou concreto. Mas, para garantir maior durabilidade e segurança, espera-se que, em breve, haja o desenvolvimento de novas técnicas de construção, manutenção e reabilitação de pontes, com a introdução de novos materiais, como alumínio, e fibra de vidro, ou a evolução das características dos materiais já utilizados (concreto, aço)”, detalha Lyra.
Acredita-se, também, que as novas gerações de pontes levadiças serão construídas de forma mais econômica, segura e com níveis de qualidade superiores. “Um salto importante estará no advento das chamadas pontes inteligentes, que, dotadas de sensores, processadores de dados e sistemas de comunicação e sinalização, poderão alertar para um conjunto de situações, desde sobrecarga, subida do nível das águas, ventos, formação de gelo, sismicidade, iminência à ruptura de certos elementos estruturais, fadiga dos materiais, corrosão etc.”, conclui o professor.