Encontro com Escritores terá Inácio de Loyola Brandão em SP

Autor do Prêmio Jabuti falará sobre ativismo na linguagem

  • Data: 06/10/2022 13:10
  • Alterado: 15/08/2023 21:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Encontro com Escritores terá Inácio de Loyola Brandão em SP

Inácio de Loyola Brandão

Crédito:Reprodução Facebook

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O Theatro Municipal de São Paulo segue com a programação da série Encontros com Autores e, neste mês de outubro, o Salão Nobre do teatro recebe os escritores Ignácio de Loyola Brandão e Felipe Castilho. Será hoje (6) às 18h.

Realizado em parceria com a Câmara Brasileira do Livro como parte da celebração da 64ª edição do Prêmio Jabuti, o programa pretende diversificar as linguagens apresentadas e aproximar público e escritores contemporâneos para um debate informal sobre suas obras e os assuntos que os movem. 

Ignácio de Loyola Brandão, 86 anos, é contista, romancista e jornalista brasileiro. Membro da Academia Brasileira de Letras, ele foi homenageado, em 2021, pelo Prêmio Jabuti como Personalidade Literária.

O escritor que, em 2018, lançou o romance cujo enredo vislumbrou um país arrasado, no qual o futuro se confunde com um passado remoto, não civilizado – Desta Terra Nada Vai Sobrar, a Não Ser o Vento que Sopra Sobre Ela – acaba de lançar Deus, O Que Quer de Nós? (2022), sequência de Desta Terra Nada Vai Sobrar, a Não Ser o Vento que Sopra Sobre Ela (2018) e, juntos, formam uma tetralogia distópica com Não Verás País Nenhum (1981) e Zero (1974), publicado inicialmente na Itália e que chegou a ser proibido nos tempos da ditadura militar. 

Em Zero, o personagem principal, José, em meio a um contexto de insegurança iminente com direitos suspensos, desenha o caos do período ditatorial numa narrativa com estrutura que questiona o silenciamento imposto.

Distopias

Apesar do tom crítico, as distopias de Ignácio de Loyola Brandão têm como marca o bom humor e, para debater com o escritor, o convidado é Felipe Castilho, autor de livros de fantasia que travam um diálogo com a cultura pop e o universo jovem. Famoso pela série O legado folclórico, que une mitologia brasileira com o mundo dos videogames, foi indicado duas vezes ao Prêmio Jabuti. 

A primeira, com a obra Savana de Pedra, em 2017, na categoria Histórias em Quadrinhos, na qual traça um paralelo entre a vida selvagem da selva africana e a violência da vida nas metrópoles durante a ocupação das escolas públicas em meados de 2016, ponderando o interesse da mídia na divulgação de ambos os eventos, e, a segunda, com a obra Serpentário, em 2020, na categoria Romance de Entretenimento.

A atividade é aberta ao público de forma gratuita, por ordem de chegada e a mediação será de Luiz Trigo, professor titular da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo e membro do conselho do Prêmio Jabuti.

Na quinzena seguinte, dia 19 de outubro, quarta-feira, Amara Moira, Monique Malcher e Eliane Potiguara falam sobre experimentação da linguagem, criação literária e ativismo, com mediação de Bel Santos-Mayer. Os encontros são gratuitos e acontecem no Salão Nobre do Theatro Municipal.

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  • Data: 06/10/2022 01:10
  • Alterado:15/08/2023 21:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil









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