Empresas do comércio não vão sobreviver sem auxílio
“Quem está pagando a conta da pandemia são os comerciantes e seus funcionários”, avalia diretor do Sindilojas-SP
- Data: 12/03/2021 09:03
- Alterado: 12/03/2021 09:03
- Autor: Redação
- Fonte: Sindilojas-SP
Crédito:Rovena Rosa/Agência Brasil
Cadê o auxílio para a sobrevivência do comércio? Essa é a pergunta que o Sindilojas-SP tem feito insistentemente aos governos das diferentes esferas desde o início da pandemia. E mais uma vez, com as lojas não-essenciais impedidas de abrir por conta da fase vermelha atravessada pelo Estado, a situação dos lojistas está ficando ainda mais insustentável. “Está acontecendo uma briga política imperdoável. Quem está pagando a conta da pandemia são os comerciantes e seus funcionários”, avalia o diretor do Sindilojas-SP Aldo Macri, que está com sua loja de rua de portas cerradas.
Dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostram que foram fechadas 72 mil lojas no Brasil durante esse período de pandemia, sendo que 21 mil estavam localizadas em São Paulo. Um outro levantamento, esse da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) registra que o comércio paulista deve registrar uma perda de R$ 11 bilhões em março – mais da metade somente na capital do estado. “Esses números traduzem a realidade do nosso segmento”, alerta Aldo. “No entanto, não vemos nenhuma ação por parte nem do Governo Federal, nem do Estadual ou Municipal. Fechamos as portas, mas eles não nos oferecem nenhum subsídio, suspensão da cobrança de impostos, nada. Pelo contrário, tivemos até aumento do ICMS”, completa o lojista.
Marcelo de Carvalho, também lojista e diretor do Sindilojas-SP faz parte dos dados acima. Não conseguiu renegociar o aluguel de uma de suas lojas e com o acúmulo de contas e diminuição nas vendas, teve que fechar a unidade. “O acesso ao crédito do Pronampe é para inglês ver”, acrescenta Marcelo, que se cadastrou para solicitar o benefício, mas não foi aprovado. “E agora estamos novamente vivendo um novo desafio. Só esperamos que a vacinação em massa aconteça o quanto antes para recomeçarmos a superar essa fase”, torce o empresário.
Como o poder público pode auxiliar na sobrevivência das empresas
O Sindilojas-SP vem apontando os caminhos que os governos podem seguir para que a catástrofe no comércio não seja ainda maior. A entidade segue insistentemente procurando abrir diálogos com as esferas políticas e pleiteando ações que visam auxiliar o comércio a atravessar esse momento.
De acordo com o sindicato, a ampliação de leitos hospitalares de UTI; montagem de hospitais de campanha; intensificação da campanha de vacinação e valor emergencial aos desempregados são algumas das medidas básicas que deveriam estar acontecendo no momento.
Em seus diversos manifestos enviados aos governos e divulgados nos mais diferentes meios de comunicação, o Sindilojas-SP defende e pleiteia ainda as seguintes ações:
Por parte da Prefeitura de São Paulo:
Postergação de impostos municipais – IPTU, ISS e obrigações acessórias;
Proibição dos supermercados de venderem produtos não alimentícios ou de higiene e limpeza; ou ainda de eletrodomésticos e vestuários.
Por parte da Prefeitura de São Paulo e Governo do Estado de São Paulo:
Liberação das atividades de banho e tosa nos petshops;
Liberação e/ou abertura de lojas de cosméticos para venda de produtos de higiene e de limpeza.
Por parte do Governo Estadual de São Paulo:
Postergação do ICMS e obrigações acessórias.
Por parte do Governo Federal:
Ministério da Economia (ver relação de impostos e obrigações acessórias).
Por parte do Governo Federal e Poder Legislativo:
Medida Provisória permitindo a suspensão de contratos e redução de salários e jornadas;
Ampliação da vacinação e permissão para as empresas poderem vacinar seus empregados.
O Sindilojas-SP continua pressionando o poder público e envidando todos os esforços a fim de trazer alternativas viáveis para que as empresas consigam sobreviver há esse 1 ano de pandemia.
O Sindilojas-SP (Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo) é uma entidade sindical que representa 30 mil empresas do comércio lojista e 100 mil empresários da cidade de São Paulo, estabelecidos em shoppings centers, lojas de rua e comércio virtual.