Empresas do ABC assinam termo de adesão ao Focem P&G
Projeto, realizado pela ABDI, qualificará 11 indústrias da região para ampliar negócios no setor de Petróleo e Gás em âmbito do Mercosul
- Data: 01/06/2016 08:06
- Alterado: 01/06/2016 08:06
- Autor: Joyce Cunha
- Fonte: Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC
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Nesta sexta-feira, dia 03 de junho, empresas do Grande ABC assinarão o termo de adesão ao projeto de qualificação de fornecedores da cadeia produtiva de Petróleo e Gás – Focem P&G, projeto realizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em parceria com o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). A iniciativa conta com apoio da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
O objetivo do Focem P&G é promover a qualificação de fornecedores para a cadeia produtiva de petróleo e gás no âmbito do Mercosul. Serão contempladas 100 empresas do Brasil (Grande ABC e Rio Grande do Sul), Argentina, Paraguai e Uruguai. Na região, serão atendidas pelo projeto 11 indústrias de pequeno e médio porte.
“O projeto faz parte de uma estratégia para aumentar a competitividade das empresas do Mercosul, promovendo a integração regional e ampliando os mercados, por meio da internacionalização e estímulo à exportação”, explica Miguel Nery, presidente interino da ABDI.
Para preparar as empresas que cumprirem aos pré-requisitos do Focem P&G, serão destinados US$ 3.6 milhões, custeados pelo Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), com contrapartida da ABDI, ligada ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Dentro do Focem P&G – projeto de “Qualificação e Integração de Fornecedores da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás” – foi realizado estudo que mapeou a demanda de empresas-âncora do setor por produtos e serviços.
Foram identificados itens que grandes empresas desta cadeia produtiva têm dificuldade em obter, seja por questões relacionadas a preço, tempo de entrega ou até mesmo de qualidade.
O objetivo do Focem P&G é, portanto, fomentar o processo de qualificação de fornecedores, fortalecendo a competitividade de pequenas e médias empresas de bens e serviços para atender às lacunas que existem nesse setor.
Entre as demandas listadas, 96 no total, estão fornecimento de produtos químicos, de engenharia, pintura industrial e logística.
A identificação de oportunidades comerciais com base em conhecimento adquirido nas oficinas de capacitação; acesso às informações sobre as demandas das empresas-âncora; e aumento de networking são benefícios garantidos às participantes.
As empresas selecionadas para o projeto possuem planta instalada em uma das sete cidades do ABC, no Rio Grande do Sul ou em um dos outros três países participantes; têm, no mínimo, cinco anos de funcionamento; faturamento anual entre R$ 2,4 milhões e R$ 90 milhões; são fornecedoras ou potenciais fornecedoras da cadeia de P&G para atividades relativas à exploração, produção e refino; e possuem regularidade jurídica, econômico-financeira e fiscal.
A previsão é que as atividades de diagnóstico das participantes tenham início ainda neste semestre. A ação tem duração programada de 24 meses.
Durante o período, serão realizadas oficinas de planejamento estratégico, normas de qualidade, segurança do trabalho, meio ambiente, responsabilidade social, sobre comércio internacional, entre outras.
EMPRESAS DO SETOR AUTOMOTIVO NO ABC ALAVANCARAM NEGÓCIOS NO FOCEM AUTO
Esta é a segunda participação do Grande ABC em projeto de complementação do setor produtivo no âmbito do Mercosul. Em 2013 e 2014, 25 empresas da região participaram da primeira etapa do Focem Auto, também realizado por meio da ABDI, Agência GABC e Consórcio Intermunicipal GABC.
Estão contempladas pelo projeto 88 indústrias de pequeno e médio porte, fabricantes de partes e peças, componentes eletrônicos, ferramentaria e moldes, do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
Entre os resultados obtidos nas empresas do ABC estão aumento de 50% da disponibilidade das máquinas, que amplia a eficiência da utilização dos equipamentos; aumento de 83% do uso de 5S, metodologia que emprega melhorias no ambiente de trabalho, de modo geral; 31% do aumento da produtividade; 68% de redução do NVAA (valor não agregado), aumentando o tempo de trabalho para gerar valor agregado aos produtos; 59% de queda no tempo de preparação das máquinas para produção; e 53% de redução de não conformidades, que diminui, por consequência, custos extras para corrigir erros da produção.