Empresários apresentam agenda com prioridades a líderes do G20

Empresários brasileiros propõem pautas para cúpula do G20 no Rio

  • Data: 25/10/2024 22:10
  • Alterado: 25/10/2024 22:10
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress
Empresários apresentam agenda com prioridades a líderes do G20

Crédito:Paulo Pinto/Agência Brasil

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Executivos e CEOs de empresas brasileiras apresentaram nesta sexta-feira (25) uma série de recomendações a serem levadas aos chefes de estado que integram o G20 –grupo que reúne as maiores economias do mundo e cuja cúpula acontece em novembro deste ano, no Rio de Janeiro. 

As recomendações foram elaboradas por oito grupos de trabalho, cada um deles liderado por um executivo brasileiro. A lista dos temas prioritários foi anunciada durante o B20 Summit, em São Paulo. 

Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer, foi o responsável pela força-tarefa de comércio e investimento. Para essa frente, ele recomendou aos chefes do G20 melhorar a governança global de comércio e investimento, restaurando o trabalho da OMC (Organização Mundial do Comércio). 

Além disso, o grupo temático liderado por Neto também sugeriu avançar na negociação para novos acordos comerciais multilaterais e pediu que os países do grupo revisem políticas comerciais rigorosas adotadas nos últimos três anos. 

Na parte de finanças e infraestrutura, Luciana Ribeiro, fundadora da eB Capital, destacou que o mundo precisa de cerca de US$ 150 trilhões nas próximas três décadas para fazer a transição para uma economia mais verde e sustentável. Segundo ela, 80% desse valor virá do setor privado. 

“Nossa primeira recomendação foca exatamente nisso, na mobilização de capital público e privado em soluções escaláveis e de baixo carbono”, disse. 

Ribeiro ainda destacou a necessidade de fortalecer a integração de micro, pequenas e médias empresas em cadeias globais de valor. 

Ricardo Mussa, CEO Raízen e colunista da Folha, liderou a força-tarefa de transição energética e clima. “Nossa primeira recomendação é triplicar as energias renováveis até 2030. Estamos falando de curto prazo”, disse. 

O executivo ainda destacou a necessidade de dobrar a eficiência energética e promover soluções baseadas na natureza para garantir que a economia produza mais enquanto protege o meio ambiente. 

Gilberto Tomazoni, CEO da JBS, ficou encarregado de apresentar as recomendações do grupo de agricultura e sistemas alimentares sustentáveis. 

Na abertura de sua fala, ele destacou a importância do setor para a solução de grandes problemas globais. Segundo Tomazoni, a cadeia global de alimentos emprega cerca de um terço da população, representa 10% do PIB (Produto Interno Bruto) do planeta e é responsável por cerca de 40% das emissões de gases de efeito estufa. 

“A boa notícia é que se transformarmos o sistema de alimentação podemos fazer uma enorme contribuição para enfrentar três grandes problemas da humanidade: acabar com a fome e desnutrição, combater a crise climática e promover desenvolvimento econômico”, disse. 

Tomazoni apresentou as propostas do seu grupo de trabalho, que incluem fomentar a produtividade por meio de tecnologias sustentáveis, criar modelos de financiamento que apoiem produtores na transição verde e fortalecer o sistema de comércio agrícola. 

Cada força-tarefa apresentou três recomendações, elaboradas ao longo dos últimos meses por entidades do setor privado e integrantes de outros países. 

VEJA A LISTA COMPLETA DAS PROPOSTAS DO G20 

Comércio e Investimento 

– Melhorar a governança do comércio e do investimento 

– Promover o comércio e o investimento sustentáveis e resilientes 

– Tornar mais eficientes o comércio e do investimento 

Emprego e educação 

– Preparar uma força de trabalho resiliente e produtiva para o futuro do trabalho 

– Garantir uma força de trabalho diversificada, inclusiva e adaptável 

– Fomentar a inovação e o crescimento sustentável 

Transição energética e clima 

– Acelerar o desenvolvimento e o uso de portfólio de soluções de energia renovável e sustentável 

– Dobrar a eficiência energética, promovendo a eficiência dos recursos e a economia circular 

– Promover Soluções Climáticas Naturais eficazes para mitigar as mudanças climáticas e melhorar a biodiversidade 

Transformação digital 

– Atingir conectividade universal de indivíduos e empresas 

– Proteger indivíduos e organizações e promover confiança digital 

– Explorar de maneira responsável o potencial transformador da inteligência artificial 

Finanças e infraestrutura 

– Acelerar a implantação de capital privado em escala para facilitar a transição para uma economia sustentável de baixo carbono 

– Aumentar o pipeline de projetos financiáveis e aprovados acelerando os processos de licenciamento para infraestrutura 

– Fortalecer a integração de micro, pequenas e médias empresas em cadeias globais de valor 

Integridade e compliance 

– Incentivar a implementação de medidas de integridade e anticorrupção para aprimorar a governança responsável e sustentável nos negócios 

– Estimular ações coletivas, envolvendo o setor público e as cadeias de valor para promover integridade 

– Promover a liderança ética para fomentar o crescimento inclusivo 

Agricultura e sistemas alimentares sustentáveis 

– Fomentar o crescimento da produtividade por meio de tecnologias sustentáveis 

– Criar modelos inovadores de financiamento para a transição dos sistemas alimentares 

– Fortalecer o sistema de comércio agrícola multilateral centralizado na OMC 

Diversidade e inclusão 

– Aumentar a participação de grupos sub-representados 

– Viabilizar um ambiente de força de trabalho equitativo 

– Promover um ambiente inclusivo para o futuro do mercado de trabalho 

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  • Data: 25/10/2024 10:10
  • Alterado:25/10/2024 22:10
  • Autor: redação
  • Fonte: Folhapress









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