Em SP, projeto Cozinha Escola Solidária já distribuiu mais de 8.600 refeições
Diariamente são distribuídas 755 refeições na primeira escola de profissionalização para população em situação de rua da cidade. A meta é entregar 126 mil refeições nos próximos seis meses
- Data: 26/02/2022 11:02
- Alterado: 17/08/2023 08:08
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Projeto Cozinha Escola Solidária
Crédito:Prefeitura de SP
O Projeto Cozinha Escola Solidária, a primeira escola de profissionalização para população em situação de rua na capital, já distribuiu 8.605 refeições desde o último dia 10 de fevereiro. A ação é uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDH), e do Movimento Estadual da População em Situação de Rua (MEPSR). A meta é entregar 126 mil refeições nos próximos seis meses
Localizado no interior do centro de pesquisa e cultura Bibli-ASPA, na Santa Cecília, região central da cidade, o projeto teve início no dia 10 de fevereiro. Inicialmente, durante um período de testes, foram servidas 100 refeições diárias nos três primeiros dias. Após esse período, a unidade passou a entregar 755 refeições, além de buscar resgatar a autonomia e a autoestima das pessoas em situação de rua por meio de atividades de inclusão produtiva na Cozinha Escola.
Atualmente, o projeto conta com nove participantes que estão em situação de rua ou que já estiveram nesta situação. Desse total, cinco atuam como auxiliares de cozinha, dois atuam como auxiliares de serviços gerais e outros dois como entregadores.
A proposta da Cozinha Escola Solidária é formar cidadãos em situação de rua, possibilitando sua entrada no mundo do trabalho de forma autônoma. Os alunos aprenderão e farão refeições para serem distribuídas para a população em situação de rua, com cardápios diferenciados diariamente. No equipamento também serão promovidos cursos sobre direitos humanos.
“Desde o começo da pandemia, a segurança alimentar da população em situação de rua da cidade e o combate à fome dos mais vulneráveis foram preocupações constantes da gestão Bruno Covas e do nosso prefeito Ricardo Nunes. E para garantir o acesso digno dessa população à uma alimentação saudável, agora damos um passo ainda mais importante com a oportunidade de reintegração social por meio da qualificação profissional, o que considero ser um ganha-ganha sem precedentes para a cidade”, afirma a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Claudia Carletto.
Para a coordenadora de políticas para população em situação de rua da SMDHC, Giulia Patitucci, propiciar a oferta de alimentação à população em situação de rua e, ao mesmo tempo, oferecer qualificação profissional e geração de renda é fundamental. “É o que nos motiva a trabalhar todos os dias para a construção de políticas públicas que efetivamente mude a vida das pessoas”, enfatiza.
Parceria
O Projeto Cozinha Escola Solidária é administrado pelo Movimento Estadual da População em Situação de Rua (MEPSR), em parceria com a Bibli-ASPA, onde fica localizada a cozinha, que começou a ser construída em 2020.
O MEPSR foi fundado no ano 2000 por Robson Mendonça, seu atual presidente. Entre seus objetivos destacam-se prestar assistência à população em situação de rua; promover sua reintegração social e lutar por seus direitos.
O centro de pesquisa e cultura Bibli-ASPA tem como foco promover a reflexão crítica por meio da pesquisa, produção e difusão sobre os povos árabes, africanos e sul-americanos. Promove cursos de línguas, cultura, literatura, história, arqueologia e caligrafia, assim como exposições e festivais de arte, entre outras ações.