Em SP, Marielle Franco e ativistas assassinados serão homenageados
Evento será realizado nesta terça-feira (14/3), data do 5º aniversário da morte de Marielle Franco
- Data: 14/03/2023 07:03
- Alterado: 14/03/2023 07:03
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Marielle Franco e ativistas assassinados serão homenageados
Crédito:Divulgação
Está marcada para esta terça-feira (14/3), das 19h às 22h, a homenagem que o artista Alexis Anastasiou, fundador do estúdio Visualfarm, fará a ativistas brasileiros assassinados. Nesse dia, que marca o 5º aniversário da morte da vereadora carioca Marielle Franco, Alexis vai fazer uma intervenção em três prédios da Avenida Paulista, esquina com a rua da Consolação.
Além de Marielle, o evento vai relembrar o ambientalista Chico Mendes, símbolo da luta pela preservação da Amazônia, morto em 1988; Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, dentista que se envolveu na Inconfidência Mineira, enforcado e esquartejado em abril de 1792; Margarida Alves, uma das primeiras mulheres a exercer um cargo de direção sindical no Brasil, assassinada em1983; e Raimundo Nonato “Cacheado”, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, morto em casa em dezembro do ano passado.
As imagens dos ativistas – recriadas em carbonita como se estivessem congeladas, em alusão aos heróis da cultura pop do cinema – serão exibidas entre às 19 e as 22h no Edifício Anchieta, cuja fachada tem 35 metros de altura. Em outro prédio, serão projetados os nomes de mais de mil ativistas brasileiros assassinados.
De acordo com a Anistia Internacional, que monitora esses crimes e está fazendo o levantamento dos nomes menos conhecidos, o Brasil é o país onde ocorre o maior número de assassinatos de ativistas. Alexis destaca que “mesmo assim, os ideais dessas pessoas não serão eliminados completamente. Um dia essas políticas serão ‘descongeladas’ e farão parte de nossa realidade”. Além disso, diz ele, “espero que no futuro seja possível diminuir a violência e a impunidade”.
Sobre Alexis Anastasiou
Alexis começou sua carreira como pioneiro VJ de festas na cena underground, no final da década de 90. Com a explosão da música eletrônica no começo dos anos 2000, a estética das projeções acabou sendo procurada para as festas e intervenções urbanas e Alexis abriu o estúdio Visualfarm em 2003.
A Visualfarm reuniu uma equipe multidisciplinar que possibilitou o desenvolvimento de projeções mapeadas e dos Fulldomes no Brasil. Em 2010, Alexis inicia o projeto Vídeo Guerrilha, um festival de megaprojeções que ganhou prêmios e teve seis edições dentro e fora do País. Desde então, Alexis e a Visualfarm fizeram projeções em todos os principais marcos arquitetônicos no Brasil e em mais de 10 países, ganhando diversos prêmios internacionais de qualidade estética, técnica e de resultados de marketing.
Em 2017, Alexis lançou o livro Mappingfesto, o manifesto do mapping, que aponta para um futuro no qual as cidades serão modificadas com instalações permanentes de projeções em grande formato, possibilitando uma nova era digital no urbanismo e na arquitetura.
Em 2018, Alexis lançou a primeira edição do Festival de Luzes de São Paulo, realizado pela Visualfarm em grandes marcos da cidade. Em 2019, ocorreu a segunda edição do FLSP, com espetáculo composto de ballet de drones sincronizados no parque do Ibirapuera. Também nesse ano, Alexis recebeu o prêmio da Media Architecture Bienalle em Pequim, pelo projeto Chave do Centro.
Desde 2018, Alexis realiza o Festival de Luzes de São Paulo. Outro destaque recente de sua atuação foi o voo de 200 drones na reabertura do Museu do Ipiranga, que marcou a comemoração dos 200 anos de Independência do Brasil.