Em SP, junho termina como o mês mais seco desde 1995
Também foi o período mais quente a partir de 2004, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE)
- Data: 01/07/2024 18:07
- Alterado: 01/07/2024 18:07
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
SP
Crédito:Rovena Rosa - Agência Brasil
O mês de junho de 2024 terminou como o menos chuvoso desde 1995 e como o mais quente de toda a série histórica de temperatura, com início em 2004, de acordo com dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura, órgão ligado à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB).
Foram 0,7mm de média na cidade, sendo que o esperado era 49,5mm, o que equivale a 1,4% da média, e 98,6% abaixo. O dia mais chuvoso do mês foi 4 de junho, com 0,3mm. “A precipitação observada durante o mês foi de chuviscos, que totalizou apenas 0,7mm em quatro dias. Esse quadro é comum para a época do ano, já que ocorre uma maior frequência de bloqueios atmosféricos, que impedem a livre passagem de frentes frias pelo estado”, explica Adilson Nazário, técnico em meteorologia do CGE.
Durante o mês de julho são esperados oito dias com chuva. O ano com o maior período com registro de precipitação foi junho de 2020, com 15 dias. O dia com o maior índice pluviométrico já registrado em um mês de junho, desde 1995, ocorreu em 27 de junho de 2020, com 57,4mm de média na cidade. Já o maior acumulado médio na cidade de todo o histórico do CGE ocorreu em 10 de fevereiro de 2020, com 92,4mm.
De acordo com dados do CGE, que mantém índices de chuva desde 1995 na capital, os anos de junho mais chuvosos foram:
2012 – 191,4mm
2016 – 170,9mm
2020 – 105,9mm
1997 – 95,3mm
2017 – 90,8mm
Os menos chuvosos foram
2024 – 0,7mm
2002 – 1,5mm
2003 – 8,3mm
2010 – 11,5mm
2000 – 12,2mm
Com relação às regiões da cidade, junho de 2024 acumulou
Zona Sul – 1,4mm
Zona Leste – 0,4mm
Zona Oeste – 0,1mm
Zona Norte – 0,0mm
Centro – 0,0mm
Os acumulados nas subprefeituras da cidade, foram
Parelheiros, Zona Sul – 9,3mm
Capela do Socorro, Zona Sul – 1,2mm
Vila Prudente, Zona Leste – 0,8mm
Sapopemba, Zona Leste – 0,8mm
Cidade Ademar, Zona Sul: 0,8mm
As temperaturas se mantiveram acima da média. A mínima média esperada era de 13,4°C e a máxima média de 22,9°C. O mês registrou mínima média de 14,3°C e máxima média de 25,7°C, ou seja, 0,9°C e 2,7°C respectivamente.
Este foi o junho mais quente segundo medições do CGE, que acompanha valores de temperatura na cidade desde 2004. “O junho com a média máxima mais quente, até então, havia sido o de 2018 com 25,2°C na cidade, enquanto o junho com a maior média mínima havia sido os dos anos de 2009 e 2010, com 14,1°C, afirma Nazário. “Isso ocorreu por conta do predomínio de uma massa de ar quente e seco desde o mês de maio, dando origem a um forte bloqueio atmosférico, inibindo a passagem de frentes frias e a formação de nuvens carregadas. Associados a essa condição, os ventos quentes e úmidos oriundos da região amazônica proporcionaram a formação de fortíssimos temporais por dias seguidos sobre o sul do Brasil, em especial sobre o Rio Grande do Sul, que registrou a maior catástrofe climática sobre o estado sulista”, complementa o técnico em meteorologia do CGE.
A menor mínima média do mês foi de 11,4°C em 30 de junho; já a menor mínima absoluta, aquele valor registrado em um único local, foi de 5,7°C em 19 de junho, em Capela do Socorro, na subprefeitura de Parelheiros, Zona Sul.
Já a maior máxima média foi de 28,4°C dia 24 de junho, enquanto a maior máxima absoluta, foi de 29,5°C em 10 de junho, na Mooca, Zona Leste.
Com relação a umidade relativa do ar, a média na cidade ficou em 45,6%. O dia mais seco foi 20 de junho, com média de umidade em 23,6%. Já a menor umidade absoluta, aquele valor registrado em um único local, ocorreu também em 20/06 na estação meteorológica da Sé/CGE, no Centro, com 15,1%.
O CGE mantém dados de temperatura na cidade desde 2004, e de acordo com esse histórico, os recordes já observados durante o mês de junho, são:
Mínimas:
- Menor mínima média: 3,5°C dia 13/06/2016;
- Maior mínima média: 18,6°C em 11/06/2004;
- Menor mínima absoluta: 0,6°C dia 13/06/2013 em Capela do Socorro, Zona Sul;
- Maior mínima absoluta: 21°C em 11/06/2020 na Sé/CGE, Centro;
Máximas:
- Menor máxima média: 13,4°C dia 09/06/2011;
- Maior máxima média: 29,4°C dia 30/06/2005;
- Menor máxima absoluta: 11,5°C dia 21/06/2016 em Parelheiros, Zona Sul;
- Maior máxima absoluta: 32,5°C dia 04/06/2017 no Butantã, Zona Oeste;
Os recordes de temperatura registrados na cidade, durante todos os meses, desde 2004 são:
Mínimas:
- Menor mínima média: 3,2°C dia 30/07/2021;
- Menor mínima absoluta: -3°C dia 30/07/2021 em Parelheiros, Zona Sul;
- Maior mínima média: 24,3°C dia 04/02/2014;
- Maior mínima absoluta: 26,4°C dia 02/10/2020 em São Miguel paulista, Zona Leste;
Máximas:
- Maior máxima média: 37,3°C dia 02/10/2020;
- Maior máxima absoluta, aquela registrada em um único local: 40°C na Freguesia do Ò Zona Norte, em 27/09/2004;
- Menor máxima média: 8,3°C dia 24/07/2013;
Menor máxima absoluta: 7,6°C dia 24/07/2013 em Parelheiros, Zona Sul, e Freguesia do Ó, Zona Norte;
Os recordes de temperatura ocorridos neste ano de 2024, conforme o monitoramento do CGE, foram:
Mínimas:
Menor mínima média: 9,7°C dia 29/05/2024;
Menor mínima absoluta: 4,3°C dia 30/05/2024 em Engenheiro Marsilac, Zona Sul;
Maior mínima média: 22,9°C dia 16/01/2024;
Maior mínima absoluta: 25°C dia 16/03/2024 em Santo Amaro, Zona Sul;
Máximas:
Maior máxima média: 34,4°C dia 17/03/2024;
Maior máxima absoluta: 36,4°C dia 09/01/2024 na Vila Maria/Guilherme, Zona Norte e Mooca, Zona Leste;
Menor máxima média: 15,2°C dia 30/06/2024;
Menor máxima absoluta: 15,3°C em Engenheiro Marsilac, Zona Sul, dia 26/05/2024;
Para julho são esperados 41,4mm de chuva, com mínima média em 12,7°C e máxima média em 23,0°C. “Os modelos numéricos de previsão estendida indicam que o mês deve transcorrer com a neutralidade climática, ou seja, sem a interferência dos fenômenos globais El Niño e La Niña. As precipitações devem ficar abaixo da média e as temperaturas acima do esperado”, finaliza Adilson Nazário, técnico em meteorologia do CGE.