Educação de SP irá oferecer avaliação de fluência leitora para municípios de São Paulo

No Dia Mundial da Alfabetização, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) abre processo de adesão para a primeira Avaliação de Fluência Leitora 2021. A partir desta quarta-feira (8), as redes municipais de ensino podem confirmar participação no processo, voltado aos estudantes do 2º ano do ensino fundamental. As cidades interessadas devem se cadastrar no portal da Secretaria Escolar Digital (SED), no menu Avaliação de Fluência 2021 – Redes Municipais, até 15 de setembro.

A avaliação, que ocorrerá de forma presencial entre 4 e 22 de outubro, objetiva analisar o desempenho individual na leitura e compreensão de textos escritos para diagnosticar eventuais lacunas no processo de alfabetização durante o período de pandemia. Na prática, o exercício proposto poderá verificar a capacidade, fluidez e ritmo do estudante de ler palavras, pseudopalavras e textos voltados à etapa escolar. 

No modelo subsidiado integralmente pela Seduc-SP, os professores vão gravar a leitura pelo celular, pelo aplicativo exclusivo do CAEd (Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação), que também disponibilizará os cadernos de provas para impressão. Na sequência, os áudios serão avaliados para apresentar um diagnóstico preciso sobre o perfil leitor dos estudantes. 

O Secretário da Educação do Estado, Rossieli Soares, lembra que a ausência de aulas presenciais e, por vezes, a falta de capacidade técnica dos familiares para ensinar são alguns fatores apontados como as maiores dificuldades no processo de alfabetização durante este período de escolas fechadas. “Durante a pandemia, metade dos estudantes em processo de alfabetização ficou no mesmo estágio de aprendizado ou desaprendeu o que já sabia. Os desafios da pandemia foram e permanecem grandes. Ainda mais quando falamos de um período de aulas remotas para crianças menores de 8 anos de idade, longe das condições ideais. A proposta visa identificar e compreender as dificuldades reais e mais recorrentes dos nossos estudantes para que possamos efetivar ações eficazes e reverter esse quadro a partir de 2022”, comenta. 

O processo poderá ser realizado por qualquer professor do ensino fundamental ou demais profissionais pedagógicos disponíveis na escola. Todos os envolvidos – coordenadores, gestores escolares e professores aplicadores – deverão, obrigatoriamente, participar de capacitação oferecida pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Estado de São Paulo (Efape), via Centro de Mídias São Paulo (CMSP).