É preciso melhorar as rodovias paulistas
As rodovias ainda são o principal meio de deslocamento pelo Brasil afora. Responsável por ligar as mais diferentes regiões, elas são fundamentais para o desenvolvimento e sobrevivência de muitos municípios. Enquanto não ocorre a retomada e modernização da rede ferroviária, ao lado do transporte por água, é fácil entender tamanha importância. Há no país cerca […]
- Data: 11/09/2013 10:09
- Alterado: 11/09/2013 10:09
- Autor: Carlos Neder
- Fonte: Carlos Neder
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As rodovias ainda são o principal meio de deslocamento pelo Brasil afora. Responsável por ligar as mais diferentes regiões, elas são fundamentais para o desenvolvimento e sobrevivência de muitos municípios. Enquanto não ocorre a retomada e modernização da rede ferroviária, ao lado do transporte por água, é fácil entender tamanha importância.
Há no país cerca de 2 milhões de quilômetros entre estradas federais, estaduais, municipais e concessionárias. O sistema, segundo a Confederação Nacional do Transporte, responde por 96% da locomoção de passageiros e por 62% da movimentação de cargas.
No Estado de São Paulo, que concentra o principal polo econômico brasileiro, chama a atenção a situação da malha rodoviária que circunda as nossas 645 cidades. Para quem anda pelo interior paulista, é visível o quadro de descaso e abandono de muitas das estradas e vicinais, que estão sob responsabilidade do governo estadual, em sucessivas gestões do PSDB.
Há até uma disputa macabra para saber qual delas merece o triste título de “rodovia da morte”. Essa denominação vai se tornando corriqueira em diferentes regiões do Estado e mostra o quanto é preciso melhorar essa situação. É o caso, por exemplo, da SP 191, no trecho entre Araras e Rio Claro. Fica clara a necessidade de se investir, com o devido planejamento, na duplicação e modernização das estradas, na construção de obras de arte (pontes e viadutos) e de acessos adequados aos municípios.
O Governo Federal tem aplicado recursos na ampliação das rodovias, com o cuidado para que isso não aumente o preço dos pedágios – ao contrário do que ocorre nas estradas gerenciadas pela administração Alckmin. Aliás, nelas o valor do pedágio é sempre maior em relação às estradas federais.
Esse debate se faz necessário para melhorar urgentemente a nossa malha rodoviária e dar segurança a quem utiliza esse meio de transporte em estradas sob gestão direta ou mediante concessão. É o que estamos fazendo! Conseguimos aprovar e vamos instalar na Assembleia Legislativa, no dia 19 de setembro, a Frente Parlamentar pela Duplicação da SP 255.
A estrada, ainda não duplicada no trecho que vai de Itaí e Itaporanga até Américo Brasiliense, passando por cidades como Avaré, Barra Bonita e Jaú, é motivo de preocupação de vários prefeitos, vereadores e lideranças sociais, que constituíram o movimento “Duplica Já”, por meio do qual cobram medidas para evitar os constantes atropelamentos de pedestres e colisões de veículos, que têm resultado em um alto índice de vítimas e de mortes.
Assim como a SP 255, outras estradas padecem do mesmo mal. Por isso, no momento em que a mobilidade urbana ganha importância enquanto reivindicação da sociedade, é preciso adotar medidas urgentes para melhorar, e muito, as rodovias paulistas, se necessário reunindo esforços dos governos estadual e federal.